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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Sexo adolescente: a questão de dormir juntos



Não debaixo do meu telhado. Essa é a postura da maioria dos pais ,diante dos filhos adolescentes e suas vidas sexuais. O cuidado e a preocupação descrevem a abordagem dos pais à sexualidade de sua prole. Não queremos eles fazendo isso – o que quer que seja 'isso’ – em nossas casas.
De forma nada surpreendente, o sexo adolescente é fonte de conflito em muitas famílias,Se adotassem posturas mais abertas sobre sexo e sobre o que é permitido sob o teto da família, estariam todos aumentando a paz em suas casas e fortalecendo os laços familiares? Era bom que todos tivessem ideias mais abertas sobre o sexo adolescente.A questão de quem dorme onde, quando um adolescente traz um namorado ou namorada para passar a noite, encaixa-se no mundo mais amplo de ideias culturalmente divergentes sobre sexo, luxúria e capacidade de amar dos adolescentes. olhe o relato de duas jovens:Kimberly e Natalie dramatizam as diferenças culturais na forma como as meninas jovens experimentam sua sexualidade (mudei seus nomes para proteger a confidencialidade). Kimberly, jovem de 16 anos, nunca recebeu educação sexual em casa. “Deus, não! Não, não! Isso não vai acontecer”, disse. Ela gostaria de contar aos pais que ela e o namorado vêm fazendo sexo, mas acredita que, para seus pais, é mais fácil não ficar sabendo – pois a verdade poderia “manchar” sua imagem de “princesinha” diante deles.Natalie, que também tem 16 anos,não contou imediatamente aos pais quando teve a primeira relação sexual com seu namorado de três meses. Pouco tempo depois, porém, ela quis compartilhar a boa notícia. No começo seu pai ficou perturbado e preocupado com sua filha e honra.“Converse com ele”, a mãe disse a Natalie; depois que ela o fez, seu pai fez as pazes com a mudança. Essencialmente, Natalie e sua família negociaram uma mudança de vida e descobriram, juntos, como se ajustar às novas circunstâncias.Respeitando o que ela entendeu como a política de sua família, do tipo 'não pergunte para não saber’, Kimberly só dormia com o namorado na casa dele, quando não havia ninguém em casa. Ela gostava da companhia dele, mas não gostava de manter esse segredo de seus pais. Em contrapartida, Natalie e seu namorado aproveitavam o tempo e uma nova proximidade com a família dela; o fato de seus pais saberem e aprovarem seu namorado parecia uma fonte de prazer.E segurança...A diferença em suas experiências vem de ideias culturais divergentes sobre sexo, e sobre o que pais responsáveis deveriam fazer a esse respeito. Aqui, vemos os adolescentes como vítimas indefesas, assolados por hormônios furiosos, e achamos que os pais devem protegê-los de vontades incontroláveis. A situação é agravada pelo estereótipo de que todos os meninos querem a mesma coisa, e todas as meninas querem amor e carinho. Isso deixa os pais com a obrigação de afastar os adolescentes de relacionamentos que lhes farão mais mal do que bem.Certos pais,consideram os adolescentes, meninas ou meninos, como capazes de se apaixonar, e de avaliar racionalmente sua própria disposição para o sexo. Pais como os de Natalie, conversam com seus filhos sobre sexo e consequências, aconselhando-os a usar preservativos e praticar o sexo seguro.As diferenças culturais sobre o sexo adolescente são mais complicadas do que os velhos clichês,retratando pais puritanos e pais permissivos.Na verdade, normalizar ideias sobre o sexo adolescente permite que os pais exerçam maior controle sobre seus filhos. Alguns pais desestimulam ativamente o comportamento promíscuo. E alguns adolescentes mostram muito do que vemos como costumes da década de 1950: ansiosos por obter aprovação, eles citam seus parceiros em conversas, apresentam-nos aos pais e os ajudam a criar impressões mais favoráveis.Alguns adolescentes chegaram a expressar suas ideias sobre sexo e amor em termos conscientemente tradicionais; um garoto afirmou que a vantagem de passar a noite com uma parceira era que isso se parecia com “o pai e mãe, como quando se é casado, você também acorda ao lado da pessoa que ama”.Normalizar o sexo adolescente sob o teto da família abre o caminho para uma educação sexual mais responsável. Numa pesquisa nacional, sete em cada dez meninas afirmaram que, aos 16 anos, seus pais haviam conversado com elas sobre gravidez e contracepção. Parece que essas conversas ajudaram os adolescentes a se preparar, responsavelmente, para vidas sexuais ativas: de cada dez meninas seis declararam estar usando pílulas anticoncepcionais quando tiveram sua primeira relação. O amplo uso de contraceptivos orais contribui a menores taxas de gravidez na adolescência .Obviamente, namorados dormindo juntos não são uma rota direta à felicidade familiar. Mas até mesmo os pais mais tradicionais podem apreciar a virtude de se ter seus filhos trazendo confortavelmente seus parceiros para casa, em vez de precisarem fazer tudo escondido.tinham uma chance de integrar diferentes partes de si mesmos em sua vida em família. Quando filhos se sentem seguros o bastante para contar aos pais o que estão fazendo e sentindo, provavelmente é muito mais fácil que eles peçam ajuda. Isso permite que os pais tenham maior influência, podendo controlar através do vínculo.
A maturidade sexual é estranha e difícil. A experiência de alguns pais,sugere que é possível, para uma família, se manter conectada quando os adolescentes começam a fazer sexo – e se isso acontece, a transição para a vida adulta não precisa ser tão dolorosa para pais e filhos.

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