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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Infecção por Escherichia coli associada a problemas de saúde a longo prazo Estudo publicado no “British Medical Journal”

As pessoas que contraem gastroenterite através do consumo de água contaminada com Escherichia coli (E. coli) têm um maior risco de desenvolver pressão arterial elevada, problemas renais e doenças cardíacas, posteriormente ao longo da vida, dá nota um estudo publicado no “British Medical Journal”.



Os resultados dão ênfase à importância de garantir uma alimentação e um consumo de água seguros, bem como à necessidade de acompanhamento regular dos que foram afectados. Estima-se que as infecções pela E. coli causem até 120 mil casos de doenças gastrointestinais anualmente nos EUA, resultando em mais de dois mil internamentos e 60 mortes. No entanto, os efeitos da infecção pela E. coli a longo prazo na saúde dos adultos são largamente desconhecidos.



Para aferir essa relação, uma equipa de investigadores da Lawson Health Research Institute e da University of Western Ontario, nos EUA, comparou o risco de hipertensão, insuficiência renal e doença cardiovascular no prazo de oito anos com o facto de se ter contraído a infecção através do consumo de água contaminada.



Para o trabalho foram utilizados dados do Walkerton Health Study, o primeiro a avaliar os riscos para a saúde a longo prazo, após um surto de gastroenterite em Maio de 2000 quando um abastecimento de água municipal daquele estado norte-americano foi contaminado com E. coli O157: H7 e Campylobacter.



Os participantes do estudo foram examinados anualmente e submetidos a exames físicos e laboratoriais para controlar a sua saúde a longo prazo.



Dos 1.977 participantes adultos, 1.067 (54%) apresentaram um quadro de gastroenterite aguda, dos quais 378 procurou ajuda médica. Comparando os participantes que não estavam doentes ou que ficaram apenas levemente doentes durante o surto, os participantes que apresentaram um quadro de gastroenterite aguda tinham uma probabilidade 1,3 vezes maior de desenvolver hipertensão, 3,4 vezes mais riscos de apresentar insuficiência renal e 2,1 vezes mais hipóteses de sofrer um episódio de origem cardiovascular, tais como enfarte agudo do miocárdio ou um acidente vascular cerebral (AVC).



Segundo explicou, em comunicado enviado à imprensa, William Clark, membro da equipa de investigadores, "os nossos resultados sublinham a necessidade de acompanhamento nos casos individuais de intoxicação por E. coli O157: H7 através da alimentação ou do consumo de água para prevenir ou reduzir as lesões vasculares silenciosas e progressivas”.



ALERT Life Sciences Computing, S.A.

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