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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Toxina da E.Coli pode transformar cancro colo-rectal em doença crónica

Uma toxina bacteriana, responsável pela diarreia do viajante, pode ser usada num possível tratamento contra o cancro colo-rectal, doença que atinge o recto e intestinos (ver guia).




Em testes efectuados em ratinhos, esta substância interagiu “na perfeição” com um receptor de células cancerosas e, aparentemente, poderá reduzir o seu crescimento, embora não o consiga eliminar.




A toxina é produzida pela bactéria Escherichia Coli vulgarmente conhecida por E.Coli - uma infecção intestinal que se caracteriza por originar um quadro agudo de diarreia, de intensidade variável, geralmente acompanhado de febre e cólicas abdominais. Esta substância da E.Coli imita uma molécula de ocorrência natural.




Se a toxina tiver o mesmo efeito nos em seres humanos, (pois até ao momento apenas foi testada em ratinhos) este bem poderá ser um tratamento possível contra os cancros do recto e intestino (colo-rectal) , explicou Scott A. Waldman, da Universidade Thomas Jefferson, na Filadélfia (Pensilvânia).




Mas, entretanto, são necessários mais estudos para que se possa determinar a segurança efectiva nos seres humanos. A toxina ST interage com o receptor GCC, localizado nas células que revestem o intestino e nas do cancro do recto e intestino.




A equipa verificou que a ligação entre os receptores do cancro e a toxina ST provocou uma “redução do crescimento do cancro”, ou seja, conseguiu regular o crescimento do tumor.




Deste modo, a equipa espera conseguir elaborar uma terapia que transforme os cancros do intestino e recto em doenças crónicas. Através de um possível tratamento com a toxina ST evitar-se-á a multiplicação rápida das células cancerosas, auguram os especialistas.




Depois desta etapa, os cientistas partem agora para uma nova investigação. Qual será a duração do efeito da toxina sobre as células do cancro? Esta resposta é determinante, segundo o líder da investigação, pois só com os resultados do estudo se poderá saber a dose “necessária e apropriada de ST".




As conclusões da investigação, realizada em células de cancro humano cultivadas em laboratório, foram publicadas recentemente na revista da Proceedings of the National Academy of Sciences.Fonte: Reuters

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