sexta-feira, 12 de novembro de 2010
BBC 12/11/2010 10h08 - Atualizado em 12/11/2010 10h29 Estudo desvenda mistério de como gatos bebem leite sem se lambuzar
BBC
12/11/2010 10h08 - Atualizado em 12/11/2010 10h29
Estudo desvenda mistério de como gatos bebem leite sem se lambuzar
Pesquisa explica a mecânica por trás da ação, que pode estar relacionada com a aversão dos felinos à água.
Um novo estudo, feito por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, diz ter encontrado a resposta para um mistério que envolve o modo como gatos bebem leite sem molhar o queixo.
Ao examinar um gato doméstico com as câmeras de alta velocidade, os cientistas constataram que o animal usa a língua para carregar a água para a boca sem romper a tensão na superfície do líquido.
O estudo, publicado na revista "Science", explica como os gatos se diferenciam dos cachorros, que fazem mais bangunça na hora de matar a sede. O biofísico do MIT Roman Stocker, que coordenou o estudo, diz que teve a ideia de investigar a física das lambidas desses animais após assistir ao seu próprio gato Cutta Cutta se alimentando.
'Me dei conta de que há um problema biomecânico interessante por trás dessa ação tão simples. O projeto evoluiu a partir daí', declarou.
Cutta Cutta foi também a cobaia do estudo, que envolveu engenheiros, físicos e matemáticos do Instituto Politécnico da Virgínia e da Universidade de Princeton e durou três anos e meio.
As imagens mostram que gatos usam um mecanismo mais complexo e sutil para beber, ao contrário de humanos, que sugam o líquido, e de cachorros, que dobram a língua para a frente formando uma espécie de concha.
A língua do gato se dobra para trás ao descer em direção ao liquido e toca levemente na superfície dele, ao invés de mergulhar.
Stocker explica que 'o fluido entra em contato com a língua e adere a ela. Ao puxar a língua rapidamente de volta, o gato cria uma coluna de líquido que vai até a boca'.
Ao fechar a mandíbula, o animal captura parte do leite, e repete o movimento.
Língua-robô
Para compreender o mecanismo com mais detalhes, os pesquisadores criaram uma língua de gato mecânica, e concluíram que o processo é o resultado do equilíbrio entre duas forças - a inércia e a gravidade.
Segundo Roman Stocker, a criação da coluna de líquido é regida pela inércia - a tendência de uma substância de se movimentar em uma direção até que outra força intervenha. A outra força em questão é a gravidade.
'No início, a coluna de leite tem mais comprimento e volume, mas em algum momento a gravidade se sobrepõe à inércia e ela cai de volta na tigela', explica.
Por isso, de acordo com o estudo, o gato precisa saber qual é o exato momento de fechar a boca, para conseguir capturar o máximo de leite que sobre na coluna.
Gatos domésticos dão, em média, quatro lambidas por segundo, cada uma trazendo cerca de 0,1 mililitro de leite para a boca. Grandes felinos como os tigres, lambem mais devagar para manter o equilíbrio entre as duas forças, já que tem línguas maiores.
Stocker e seu time não sabem explicar por que o ato de beber para os gatos envolve um mecanismo tão diferente de outros animais, mas a suspeita é de que ele pode ter nascido da conhecida aversão dos felinos à água.
Eles acreditam que a cara do animal, especialmente a região ao redor do nariz, é extremamente sensível. 'Por causa isso, eles devem querer que ela fique o mais seca possível', diz Stocker.
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Que interessante amiga...
ResponderExcluirAmo gatinhos... linda a foto do cabeçalho do seu blog... ficou um mimo...
Bom final de semana...beijos...
Valéria
Aproveito este espaço para vos fazer um Apelo!
ResponderExcluirPor favor nos ajudem a acabar com as Touradas em Portugal e assinem e divulguem esta Petição:
http://peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=010BASTA
Por favor assinem e divulguem e nos ajude a acabar com esta barbaridade.
Podemos fazer história e um passo em frente em termos civilizacionais em Portugal. Temos que acabar com estes actos vergonhosos de tortura a animais indefesos. Todos juntos vamos vencer a ter um Portugal com gente mais humana e sensível.
Obrigada
Isabel Oliveira