quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Somos mais de 70 milhões na internet, mas apenas 17 milhões já realizaram ao menos uma compra na web-
Por Especial para MSN Tecnologia, Atualizado: 9/9/2010 13:41
Segurança online e o impacto na rentabilidade do e-commerce
Somos mais de 70 milhões na internet, mas apenas 17 milhões já realizaram ao menos uma compra na web-----------por Mauricio Kigiela
Não é de hoje que ouvimos dizer que a internet é um meio promissor para a realização de negócios. Ano após ano, são divulgadas informações – sempre animadoras – sobre o crescimento do comércio eletrônico. Em 2009 as vendas pela internet cresceram 30 % só no Brasil, totalizando R$ 10,6 bilhões. Foram mais de 4 milhões de pessoas que fizeram a primeira compra pela internet.
Nos Estados Unidos - país mais maduro em negócios via internet - a cifra é astronômica, o faturamento em 2009 foi de USD 155 bilhões. Nós só estamos engatinhando por aqui.
Historicamente, nos Estados Unidos, as pessoas compram a distância; o primeiro catálogo impresso foi lançado há mais de 250 anos. Quando surgiu a internet, as empresas apenas migraram seus catálogos de papel para o eletrônico e a adaptação à Internet foi praticamente imediata. No Brasil, a história é diferente:
Somos mais de 70 milhões de usuários de internet. Destes, cerca de 40 milhões acessam suas contas bancárias pela rede mundial: digitam o código da agência, o número da conta e sua senha, para acessar dados confidenciais e importantes para sua vida. Mas apenas 17 milhões de pessoas já realizaram ao menos uma compra pela internet.
A pergunta que eu faço é: o que motiva mais de 23 milhões de pessoas a terem coragem de checar seus extratos e pagar contas via internet, e a não realizarem compras?
Diariamente nós vemos na TV, no jornal e ouvimos de amigos que algum cartão de crédito foi clonado, que alguma conta corrente foi invadida por hackers e o dinheiro foi todo roubado ou que uma quadrilha realizou fraudes milionárias, tudo pela internet. Afinal, 83% dos sites possuem algum problema de segurança que possa comprometer os dados armazenados.
Para completar, a ansiedade de usar o produto imediatamente, a preocupação de não receber o produto comprado, a insatisfação de pagar pelo frete, a incerteza de ter comprado o produto correto e a insegurança de que hackers roubem suas informações pessoais e os dados de cartão de crédito, são decisivos para consumidores mais cautelosos não realizarem compras pela internet.
Por outro lado, a internet é um ambiente muito favorável às compras, pois você pode fazê-la sem vendedores ficarem empurrando produtos, sem pegar trânsito ou pagar estacionamento, e a qualquer hora e em qualquer dia da semana, afinal a internet nunca fecha. Mas o processo de decisão de realizar a primeira compra via internet não é tão simples assim.
Desta forma, o usuário inicia o uso da internet comparando preços, buscando informações sobre produtos, mas não compra pela internet. Acaba realizando a compra em lojas físicas, na rua ou no shopping, muitas vezes com a informação obtida na internet impressa em papel para garantir que está comprando o mesmo produto, pelo mesmo preço.
Com o tempo, estes consumidores mais cautelosos, acabam recebendo referências de experiências positivas de amigos e colegas de trabalho que usam a internet para realizar compras.
E é aí que os lojistas virtuais precisam estar atentos: mesmo que aquele consumidor esteja inclinado a fazer sua primeira compra online, qualquer item que o faça sentir inseguro é motivo para que ele cometa o drop down, ato de abandonar o carrinho de compras com produtos, antes de realizar o pagamento. Ou seja, venda perdida.
O consumidor precisa de uma justificativa para realizar a primeira compra na internet. É por isso que os comparadores de preços informam, além do preço – é claro – dados sobre a loja virtual, como: opiniões de outros consumidores, rating ou classificação do seu atendimento, e certificações sobre a existência de uma empresa idônea por trás de uma loja virtual.
Mas isso não é suficiente. Cerca de 35% dos abandonos de carrinho de compras são ocasionados pelo receio de digitar os dados de cartão de crédito, pois hackers poderão cloná-lo e causar prejuízos ao consumidor.
Os sites de busca e comparadores de preços, na sua maioria, não mostram se os sites são blindados contra hackers, para ajudar os consumidores a escolher onde comprar. Por isso, as lojas precisam promover sua segurança, exibindo selos de proteção contra hackers, demonstrar de forma clara sua política de trocas e devoluções e, principalmente, como o consumidor poderá contatar a loja em caso de problemas. Afinal, a loja é virtual, mas a compra é real.
Conforme pesquisas, 70% dos internautas compram somente se a loja apresentar selos de segurança. Isso significa que a taxa de conversão (percentual entre a quantidade de visitantes e a quantidade de pedidos do website) pode ser positivamente afetada se o consumidor se sentir seguro durante a navegação. Segurança e credibilidade são pontos primordiais para que um site de e-commerce tenha sucesso.
[Mauricio Kigiela é diretor do Site Blindado S/A, empresa que realiza blindagem em sites e disponibiliza o selo Site Blindado, caso esses sites tenham sido aprovados em todos os testes - mauricio@siteblindado.com.br]------------------Venda consultiva faz toda a diferença em TI
Se não ganha na quantidade, modalidade de negociação atende necessidades reais dos clientes------------Mais............Prejuízos com a perda ou uso indevido de dados corporativos
Estudos registram que perda de informações são comuns e os prejuízos, às vezes incalculáveis----------- * Rodrigo Moura Fernandes
Qual é o seu ativo mais valioso? Sem dúvida, a resposta a essa indagação seria: informação. Listas de clientes, informações de produtos, dados de mercado, preço, custo, promoções ou descontos, dados pessoais de clientes, funcionários ou parceiros, emails, contratos, prontuários médicos e a lista poderia seguir indefinidamente. Mas e se essas informações, por algum motivo, não estiverem mais sob controle de sua empresa?
Estudos publicados por diversas organizações e institutos de pesquisa mostram que a perda de dados é mais comum do que parece: centenas de milhões de registros são comprometidos a cada ano, no mundo inteiro. Milhares de incidentes acontecem diariamente, no entanto apenas alguns se tornam públicos, como o recente episódio que expôs os dados de 12 milhões de estudantes do Enem. O mais completo estudo desse tipo de incidente foi conduzido pela Digital Forensics Association (DFA) e computou mais de 2800 incidentes ao longo de cinco anos, envolvendo o vazamento ou roubo de mais de 720 milhões de registros em 28 países. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, o episódio recente do Enem representaria menos de 2% dessa fatia.
De acordo com a mesma pesquisa, 49% de todos os casos estudados foram ocasionados pela perda de computadores portáteis e em 95% desses casos o notebook foi roubado. A contar pelo número de registros, o vetor que mais influenciou foi o dos “hacks”, compostos por acesso e uso indevido, roubo de credenciais, malware, SQL Injection, com 327 milhões de registros afetados. O segundo maior vetor de perda de dados, porém, foi a categoria Drive/Mídia (discos e pen drives) com quase 150 milhões de registros violados. Observa-se que essa categoria vem ampliando seu grau de vulnerabilidade em decorrência da onipresença dos dispositivos USB, apesar de ser tão facilmente mitigado com a utilização da criptografia.
Os vazamentos não detectados podem ser particularmente perigosos. Não se pode remediar uma situação desconhecida e, talvez, quando o episódio se torne conhecido seja tarde demais. Por isso, políticas de segurança e controles devem ser cada vez mais reforçados. Outro dado preocupante é que, no Brasil, ainda não há legislação que torne obrigatória a divulgação pública por empresas que sofram esse tipo de violação e que as mesmas notifiquem as partes afetadas, como determina a legislação em 46 dos 50 estados norte americanos. Porém, mesmo nos Estados Unidos, não existe um órgão que centralize essa regulamentação e as leis variam muito de estado para estado.
Nesse contexto, o vazamento ou a violação de dados corporativos é uma grave ameaça ao maior patrimônio das empresas, podendo causar danos irreparáveis. E tudo isso pode custar caro: segundo estudo do Instituto Ponemon, nos Estados Unidos, o custo médio das empresas pesquisadas com a perda ou roubo de informações foi de US$ 6,75 milhões, gerando uma perda de receita / negócios associada de US$ 4,5 milhões. O maior prejuízo identificado custou US$ 31 milhões para ser remediado. E seus dados? Estão protegidos? E seus dados? Estão protegidos? * Rodrigo Moura Fernandes, 39 anos, é country manager da AlertBoot no Brasil.
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