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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

um Street View verde!Nesta semana tivemos a notícia de que a Google e a Fiat teriam firmado um acordo destinado a iniciar as filmagens destinadas à i






um Street View verde!Nesta semana tivemos a notícia de que a Google e a Fiat teriam firmado um acordo destinado a iniciar as filmagens destinadas à implementação do serviço Street View em terras tupiniquins. Os termos do contrato não foram divulgados, mas está claro que a Fiat foi a montadora escolhida para o fornecimento da frota de veículos destinados à realização do serviço. Não sabemos também quantos automóveis serão, mas temos a certeza de que o trabalho de filmagem de todas as ruas do Brasil, que terá de ser feito antes da Copa do Mundo de 2014, consumirá um número significativo de veículos, que percorrerá milhares, senão milhões de quilômetros.

É de se preocupar com o volume de combustível a ser consumido nesta tarefa e, via de consequência, a quantidade de CO2, que será lançado na atmosfera. Felizmente, o Brasil é o único país do mundo, que poderá ter seu Google Maps Street View, sem lançar CO2 na atmosfera durante o processo de filmagem dos logradouros.

A questão é simples: a frota será produzida pela Fiat, em Betim – MG e, por ser brasileira, terá, necessariamente, motores flex. O Brasil é o único país do mundo que possui uma rede nacional de postos de abastecimento com etanol de cana-de-açúcar. Este combustível emite um pequeno percentual de CO2 no ambiente, que é compensado com a captura do gás causador do efeito estufa provocado pelo próprio plantido da cana. Assim, se a Google se comprometer a abastecer a sua frota apenas com etanol de cana-de-açúcar (o nosso popular álcool), teremos um Google Maps Street View totalmente verde. Isto é impossível em qualquer outro país do mundo, até mesmo nos Estados Unidos, que é detentor da maior frota de veículos flex do mundo (o Brasil não tem a maior frota de carros flex do mundo), porque lá não há muitos postos de abastecimento de etanol.

Importante é lembrarmos que o automóvel flex abastacido unicamente com etanol é o único veículo realmente verde que existe, porque, se considerarmos que nos países, que produzem carros elétricos, haja vista, Estados Unidos e China, (que são tidos como verdes por excelência), a maior parte da energia elétrica, que eles consomem, tem como base de sua matriz energética o carvão mineral. Em outras palavras, a maior parte da energia consumida pelos carros elétricos é produzida a partir de usinas térmicas a carvão mineral, que é o combustível fóssil mais poluente do mundo. Assim, está desfeito o mito de que o carro elétrico é verde. Em verdade, nas condições atuais de produção de energia, ele é mais sujo que o carro a gasolina. Limpo é o carro flex abastecido com etanol.

Nós brasileiros podemos nos orgulhar de termos a única frota de automóveis do mundo que se move integralmente com algum percentual de biocombustível. Isto porque mesmo os veículos movidos apenas a gasolina recebem também usam álcool, visto que a nossa gasolina recebe adição de 25% de etanol. Além disso, o nosso óleo díesel tem adição de 3% de biodíesel (percentual que será brevemente elevado para 5%). No Brasil, até locomotivas já são movidas a mistura de díesel de petróleo e biodíesel, sendo que a Vale já planeja impulsionar todas as suas locomotivas apenas com biodíesel.

Nenhum outro país é capaz de fazer isso e o Brasil se posta na comunidade internacional como um grante "player" no mercado de energia, notadamente no momento em que todos precisam reduzir suas emissões de CO2 e a adição de biocombustíveis aos derivados de petróleo se mostra como uma solução viável para os próximos 20 anos.

A Petrobras já tem contratos de fornecimento de etanol com o Japão, mas pretende também vender em grandes quantidades para os Estados Unidos, a União Européia e a China. Com o advento do petróleo da camada pré-sal, o Brasil poderá exportar gasolina e díesel já com adição de etanol ou biodíesel, conforme o caso.

Ao fazer o Google Maps Street View Brasil a Google terá uma ótima oportunidade para mostrar se é realmente verdadeiro o seu compromisso com o meio-ambiente. Para tanto, deverá vir a público e se comprometer a somente abastecer os seus veículos com etanol. Isto, além de contribuir para a redução de emissões de gases de causam o efeito estufa, geraria um excelente esclarecimento mundial acerca da matriz energética, que movimenta a nossa frota e incentivando outros povos a também usar biocombustíveis, como nós fazemos--------------Artigos relacionados no Google Discovery

* Fotografe um Stilo diferente [Street View Brasil]
* Google Street View Brasil em 3D
* Busca no Google Maps agora exibe Street View
* Google Street View abrange novas cidades
* Carros do Google Street View ganham panorama internacional--------------Escrito por Rômulo de Araújo Mendes--------alguem comentou sobre o post de Romulo:Desculpe Rômulo, mas o etanol não é tão verde assim. Utilizando o Raciocínio dos carros elétricos, a matriz do etanol é a cana-de-açúcar e para o seu cultivo é necessário que seja desmatado milhares de quilometros quadrados para que seja produzido em quantidade comercializavel.

Ou seja, quanto mais carros com álcool na rua, menos florestas. O que eu quero dizer é que você destrói matas naturais e insere uma monocultura voltada apenas ao lucro que destrói o solo após alguns anos de cultivo.

Isso acaba com todo um ecosistema da região. Me desculpe, mas não existe um meio sustentável de gerar energia e esse ufanismo não é saudável. Precisamos ser sempre realistas e criticar muito para que as coisas sejam feitas da melhor maneira possível e não vejo o etanol nessa lista.

Ou alguém acha que as queimadas na Amazônia não tem um "pé de cana" por trás também? e Romulo respondeu:Você tem razão em parte: há pés-de-cana na Amazônia (Acre, especificamente). E isto é um erro enorme. Existe uma usina de etanol naquele Estado. Foi um grande erro do Ibama e do órgão ambiental do Acre a concessão da licença de instalação. Precisamos banir o etanol da Amazônia. No caso citado, não dá mais para voltar atrás. Entretanto, podemos e devemos impedir que outras usinas se instalem na selva amazônica.
Sou forçado, no entanto, a discordar quanto ao seu discurso contrário à monocultura. Vi o seu perfil na Internet e pude constatar que você é uma pessoa bastante mais jovem que eu e não conheceu o Brasil que eu conheci: o Brasil da agricultura familiar e da FOME.
Eu nasci em 1963. Durante as décadas de 1969 e 1970, vi as pessoas morrerem de fome no campo e nas cidades. No campo não havia monocultura, mas a agricultura familiar de subsistência. Vi também o nascimento da moderna agricultura nonocultora de cerrado, que, curiosamente, gerou uma reforma agrária às avessas: o pequeno agricultor vendeu suas terras para o empresário agrícola e foi para a cidade. No entanto, este movimento não gerou pobreza, como era de se esperar, mas uma enorme riqueza, que livrou aquele pequeno agricultor da fome crônica e, em 40 anos, transformou o Brasil no 2º maior produtor e exportador mundial de alimentos.
Eu sou do tempo em que nem todas as crianças tinham escola e, o que é pior: as crianças somente tinham merenda quando chegava CARIDADE dos Estados Unidos ou da Europa. Hoje o Brasil alimenta todas as suas crianças na escola e ainda manda caridade para países mais pobres.
Sou ufanista sim, porque conheci a realidade de um pais, onde a fome era uma realidade em todos os Estados e hoje ela é residual.
Não posso ser contra a monocultura, por mais que ela desmate. Desculpe-me, mas não é a monocultura da cana-de-açúcar, da soja, do arroz, do feijão, do milho, do algodão etc, que desmata a Amazônia, mas a falta de opções econômicas para a populações amazônicas.
A equação é simples: a madeira da floresta vale muito e a terra não vale nada. Os madeireiros oferecem para os amazônidas (que não possuem opções de trabalho) algum dinheiro por estas árvores e eles deixam cortar as mais valiosas e queimar as que não servem para construir os móveis das casas do centro-sul do Brasil, da América do Norte e da Europa. Esta queimada é que faz do Brasil um dos maiores poluidores do mundo.
Nesta terra degradada não entra nenhuma monocultura, mas sim o gado de corte, que fica, em média, 5 anos e, depois, também abandona, porque a terra, depois de queimada e não recuperada, não serve para mais nada.
Ao contrário do que você afirma, seria a agricultura moderna que poderia recuperar estas áreas de floresta. Neste caso, em minha opinião, com reflorestamento intensivo destinado a criar emprego para os amazônidas, seja para gerar árvores para a indústria de papel e celulose, seja para a própria indústria de móveis, neste caso, à base de madeira-de-lei.
Também, ao contrário do que você afirma, a monocultura, não degrada e abandona as terras. Antes, ela sempre a recupera mediante tecnologia, porque produção industrial de alimentos é caro e não justifica o abandono de terras, o que somente é compatível com a agricultura familiar financiada por subsídios da reforma agrária.
Vale lembrar que a monocultura de alimentos no Brasil (nela incluída a cana-de-açúcar) está concentrada nos biomas do cerrado e da zona da mata nordestina. Temos ainda 70 milhões de hectares a serem desbravados, sem precisarmos avançar pela Amazônia. Logo, o que destroi a Amazônia não é agricultura, mas a pobreza da região. É isso que precisamos resolver.
Por final, considerado que precisamos encontrar formas de produzir energia sustentável e a um preço compatível para o consumidor, desafio a quem desejar, que indique uma solução melhor que o etanol e que já esteja à disposição das massas, não valendo soluções que somente estarão à disposição apenas daqui a 20 anos, porque o planeta pode não suportar tanto tempo....Agora a resposta do comentario:Realmente tenho que torcer o braço, mas apenas a questão da Amazônia que foi meu último item. Eu errei em dizer que as queimadas na Amazônia tem a ver com a cana, mas o resto não estou errado.

O cultivo da cana continuará afetando o eco sistema de uma região e influenciando de maneira negativa o ambiente. Não entro no mérito sócio-econômico pois isso leva a uma discussão ideológica sem fim.

O que foi discutido no post foi o combustível verde e isso que não concordei. O seus comentário de resposta a mim foi perfeito e concordo, mas isso não tira a "culpa" do etanol digamos assim.

Talvez hoje ele seja um combustível mais limpo, mas não podemos deixar de mostrar o lado negativo, assim como você exaltou as vantagem do combustível.

Espero que não tenha entendido mal minha colocação. Costumo escrever pouco por aqui, acompanho o blog apenas via feed e por isso escrevo pouco. Vim comentar aqui por que achei o assunto bem interessante e a sua colocação muito boa e pensei que valeria, como me mostrou que acertei, um dialogo mais profundo (até onde eu possa ir) sobre o assunto.

Abraços.è isso ai gente .que venha o Street View verde!beijos.amo vcs.

2 comentários:

  1. Ótima explicação, Rômulo. Além de tudo isso, não podemos esquecer que o álcool é uma fonte de energia renovável. Reservas de petróleo não. É louvável a preocupação com o desmatamento. Só que hoje em dia, nosso alimento também provêm da agricultura. Destinar terras para este fim é inevitável. O que falta é controle. E com certeza, a cana de açúcar não é a única vilã na destruição da floresta amazônica. O processo de produção do álcool com combustível não isento de produção de CO2, isso é válido apenas para combustão no veiculo, já que o processo de produção gera muito mais CO2 que, por exemplo, o processo de produção da Gasolina. Isso desconsiderando todas as questões ambientes envolvidas. Eu achei tudo ok.mas excelente post quanto a questao que foi postada sobre cana de acucar e desmatamento, sou de opiniao que nao adianta chorar, as florestas vao ser desmatadas sim,por varios motivos, mesmo que uma delas seja plantio de cana, haja visto o crescimento exponencial da populacao do planeta e a necessidade de atender ao consumismo da mesma...desculpem meu pessimismo a esse ponto. que venha Street View verde!

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  2. De qualquer forma, todas as grandes e médias cidades deverão ser filmadas nos próximos anos. Assim, quando você encontrar um Fiat Stilo com as câmeras do Google Street View no teto, fotografe-o e mande a foto para o Google Discovery.

    PS 1: Fiat e Google, não se esqueçam que nós queremos um Google Street View verde, ou seja, que todos os Stilo, que filmarão as cidades brasileiras, usem apenas etanol!

    PS 2: Se você flagrar um Fiat Stilo com as câmeras do Google Street View, poderá mandar foto, filme e localização para o e-mail: contato@googlediscovery.com. Nós publicaremos.

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