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quarta-feira, 9 de junho de 2010

As Damas de Branco e o MST.

Mídia Sem Máscara

Quer conhecer um país? Procure saber se nele existem presos políticos. Se houver, não vale a pena sequer visitá-lo.

O verbo transitivo indireto dissidiar significa, segundo os dicionários, ser dissidente, divergir, dissidir. Vem do substantivo feminino latino dissensione, definido como divergência de opiniões ou de interesses, desavença, desinteligência, dissidência e, em sentido figurado, discrepância, contraste, oposição. Todas essas acepções têm uma coisa em comum: são detestadas pelos regimes totalitários de qualquer matiz ideológico, principalmente pelas ditaduras ditas "socialistas". Como a de Cuba, por exemplo.

Podemos perfeitamente divergir - com parentes dentro de nossa casa, com colegas no trabalho, com pessoas com quem encontramos na rua, com opiniões que são manifestadas em jornais ou na televisão - a respeito de qualquer assunto e isso é absolutamente normal, porque ter nossos próprios princípios faz parte do conceito de liberdade de consciência e de pluralidade, que são elementos da individualidade e da dignidade da pessoa humana. Mas nenhum regime realmente ditatorial jamais tolerou nem tolera a existência de dissidentes, de pessoas que, pensando por conta própria, se opõem aos que se apossaram do Estado e pretendem impor o seu próprio conceito de "felicidade" a toda a população.

As Damas de Branco de Havana - as mulheres cubanas que têm parentes presos pelo simples fato de discordarem do regime totalitário imposto por Fidel ao país e que passaram a fazer protestos públicos para que o governo dito "popular e democrático" os ponha em liberdade - merecem não apenas o nosso respeito: merecem o apoio de quem quer que preze as liberdades individuais e o próprio ser humano. Mulheres de coragem, que não temem a opressão, não têm medo de ameaças, não receiam a reação violenta da polícia castrista e querem proclamar ao mundo o que ele há muito tempo já sabe, apesar dos esforços da mídia gramsciana para esconder a podridão do regime cubano: que sufocar as liberdades individuais, que incluem a de opiniões, é um crime bárbaro contra o ser humano e que tais regimes não podem mais ter cabimento no mundo atual.

Cuba, China, Coréia do Norte, Vietnã do Norte, Irã e, no compasso atual, a Venezuela, bem como alguns acólitos latino-americanos do ridículo Chávez, são países que têm presos políticos, dissidentes. Pessoas que não concordaram com as atrocidades cometidas pelos que se apoderaram do Estado, a maior das quais o desrespeito à liberdade de consciência e de opinião. De minha parte, há muitos anos decidi que não poria os pés em Cuba enquanto o regime comunista continuasse dando as cartas. Não estou perdendo nada com essa atitude, embora torça para que os cubanos, oprimidos há cinco décadas, se libertem do sistema tirânico imposto por Castro na época da Guerra Fria.

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