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quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Dinheiro é a razão de todo mal?


Objetivismo.com.br


Então você acha que o dinheiro é a raiz de todo o mal? Você já se perguntou qual é a raiz de todo mal? O dinheiro é uma ferramenta de troca, que não pode existir a não ser que haja bens produzidos e homens capazes de produzi-los. O dinheiro é a materialização do princípio de que os homens que queiram lidar com os outros devem se relacionar através da troca e trocar valor por valor. O dinheiro não é a ferramenta de vadios, que exigem seu produto através de lágrimas, ou dos ladrões, que o tiram de você através da força. O dinheiro só é tornado possível pelos homens que produzem. É isso o que você considera mal?

Quando você aceita dinheiro como pagamento pelo seu esforço, você só o faz com a convicção de que irá trocá-lo pelo produto do esforço de outros. Não são os vadios ou os ladrões que dão valor ao dinheiro. Nem um oceano de lágrimas, nem todas as armas do mundo podem transformar esses pedaços de papel na sua carteira no pão que você precisará para sobreviver amanhã. Esses pedaços de papel, que deveriam ser ouro, são um certificado de honra – seu meio para obter a energia dos homens que produzem. Sua carteira é a sua demonstração da esperança de que, em algum lugar do mundo à sua volta, há homens que não serão infiéis àquele princípio moral que é a fonte do dinheiro. É isso o que você considera mal?


Você alguma vez já pensou sobre a fonte da produção? Dê uma olhada em um gerador e ouse dizer a você mesmo que ele foi criado pelo esforço muscular de homens brutos que não pensam. Tente cultivar uma semente de trigo sem o conhecimento deixado para você pelos homens que o descobriram pela primeira vez. Tente obter sua comida somente através de movimentos físicos – e você irá aprender que a mente humana é a fonte de todos os bens produzidos e de toda a riqueza que já existiu na terra.


Mas você fala que o dinheiro é feito pelos fortes, à custa dos fracos? A que força você se refere? Não é à força de armas ou músculos. Riqueza é o produto da capacidade humana de pensar. Então o dinheiro é feito pelo homem que inventou o motor, à custa daqueles que não o inventaram? O dinheiro é feito pelos inteligentes, à custa dos tolos? Pelos hábeis, à custa dos incompetentes? Pelos ambiciosos, à custa dos preguiçosos? O dinheiro é FEITO – antes que ele possa ser roubado – feito pelo esforço de cada homem honesto, à medida de sua habilidade. Um homem honesto é aquele que sabe que não pode consumir mais do que produziu.


Trocar por meio do dinheiro é o código dos homens de boa vontade. O dinheiro se apóia no axioma de que todo homem é o dono de sua mente e esforço. O dinheiro não permite o poder de determinar o valor de seu esforço, exceto pela decisão voluntária do homem que está querendo dar seu esforço em troca do seu. O dinheiro permite que você obtenha pelos seus bens e seu trabalho aquilo que eles valem para os homens que os compram, não mais que isso. O dinheiro só permite o acordo que promove benefício mútuo, através do julgamento livre dos negociadores. O dinheiro exige que você reconheça que os homens devem trabalhar para seu próprio benefício, não para sua deterioração, pelo seu ganho, não pela sua perda – o reconhecimento de que eles não são bichos de carga, nascidos para carregar o peso da miséria – que você deve oferecer valores a eles, não agressão – que o laço comum entre os homens não é a troca de sofrimento, mas de BENS. O dinheiro exige que você venda, não sua fraqueza à estupidez humana, mas seu talento à sua razão; ele exige que você compre, não o bem mais fajuto que ofereçam, mas o melhor que o seu dinheiro pode achar. E quando os homens vivem pela troca – com a razão, não a força, como seu árbitro final – é o melhor produto que vence, a melhor performance, os homens de melhor juízo e melhor habilidade – e o nível da produtividade humana é o nível de sua recompensa. Esse é o código da existência daqueles cuja ferramenta e símbolo é o dinheiro. É isso o que você considera mal?


Mas o dinheiro só é uma ferramenta. Ele irá levá-lo aonde você quiser, mas não vai substituí-lo na atribuição de guiador. Ele lhe fornecerá o meio para satisfazer seus desejos, mas não irá prover a você os seus desejos. O dinheiro é o flagelo dos homens que tentam reverter a lei da causalidade – os homens que tentam substituir a mente tomando os produtos da mente.


O dinheiro não irá comprar felicidade para o homem que não tem idéia do que quer; o dinheiro não dará um código de valores a ele, se ele fugiu do pensamento do que valorizar, e ele não proverá um propósito a ele, se ele fugiu da escolha do que procurar. O dinheiro não irá comprar inteligência para o tolo, ou admiração para o covarde, ou respeito para o incompetente. O homem que tenta comprar o cérebro de seus superiores para servi-lo, com seu dinheiro substituindo seu juízo, acaba se tornando uma vítima dos seus inferiores. Os homens de inteligência o deixam, mas os trapaceiros e vigaristas aglomeram-se ao seu redor, atraídos por uma lei que ele não descobriu: que nenhum homem pode ser menor que o seu dinheiro. É por essa razão que você o chama de mal?


Somente o homem que não a precisa é apto a herdar riqueza – o homem que faria sua fortuna, não importando onde começasse. Se um herdeiro é igual ao seu dinheiro, este último serve a ele; se não, o destrói. Mas vocês o observam e alegam que o dinheiro o corrompeu. Será? Ou ele corrompeu o seu dinheiro? Não invejem um herdeiro inútil; a riqueza dele não é de vocês, e vocês não fariam melhor que ele. Não achem que ela deveria ter sido distribuída entre vocês; enchendo o mundo com cinquenta parasitas, em vez de um, não irá trazer de volta a virtude morta que era a fortuna. O dinheiro é um poder vivo que morre sem sua fonte. O dinheiro não irá servir à mente que não pode corresponder a ele. É por essa razão que vocês o chamam de mal?


O dinheiro é o seu meio de sobrevivência. O veredicto que você declara sobre a fonte de sua sobrevivência é o veredicto que você declara sobre a sua vida. Se a fonte é corrupta, você amaldiçoou sua própria existência. Você conseguiu seu dinheiro através de fraude? Aproveitando-se dos vícios e da estupidez humana? Atendendo a tolos, na esperança de conseguir mais do que sua habilidade merece? Reduzindo seus padrões? Fazendo um trabalho que você despreza para fregueses que você desdenha? Então seu dinheiro não lhe dará um momento ou um centavo de felicidade. Então todas as coisas que você compra irão se tornar, não uma dádiva a você, mas uma censura; não uma realização, mas uma lembrança de vexame. Então você gritará que o dinheiro é mal. Mal, porque ele não iria provê-lo com respeito próprio? Mal, porque ele não iria deixar você aproveitar sua depravação? É essa a fonte de seu ódio pelo dinheiro?


O dinheiro vai sempre permanecer como o efeito, e se recusará a substituir você como a causa. O dinheiro é o produto da virtude, mas ele não lhe dará virtude e não irá redimir seus defeitos. O dinheiro não lhe dará o não merecido, nem em matéria nem em espírito. É essa a fonte de seu ódio pelo dinheiro?


Ou você disse que é o AMOR pelo dinheiro que é a raiz de todo o mal? Amar uma coisa é conhecer e amar sua natureza. Amar o dinheiro é conhecer e amar o fato de que o dinheiro é a criação do melhor poder dentro de você, e sua chave mestra para trocar seu esforço pelo esforço dos melhores entre os homens. É a pessoa que venderia sua alma por um centavo que é a mais barulhenta em proclamar seu ódio pelo dinheiro – e ele tem boas razões para odiá-lo. Os amantes do dinheiro desejam trabalhar por ele. Eles sabem que eles são capazes de merecê-lo.


Deixe-me dar uma dica a você sobre uma pista acerca do caráter do homem: o homem que abomina o dinheiro o obteve de forma desonrosa; o homem que o respeita o mereceu.


Corra de qualquer homem que disser a você que o dinheiro é mal. Essa sentença, como o sino de um leproso, é sinal de um usurpador se aproximando. Enquanto os homens viverem juntos na terra e precisarem de meios para lidar com os outros – seu único substituto, se abandonarem o dinheiro, é a ponta de uma arma.


Mas o dinheiro exige de você as mais elevadas virtudes, se você deseja o fazer ou guardá-lo. Homens que não têm coragem, orgulho, ou auto estima, homens que não têm senso moral do seu direito ao seu dinheiro e não estão dispostos a defendê-lo assim como defendem suas vidas, homens que lamentam por serem ricos – não permanecerão ricos por muito tempo. Eles são as iscas naturais da multidão de usurpadores que ficam atrás das pedras por séculos, mas que vem se arrastando com o primeiro cheiro de um homem que suplica ser perdoado pela culpa de ser dono de riqueza. Eles se apressarão para aliviá-lo da sua culpa – e da sua vida, se ele precisar.


Então você verá o surgimento do padrão duplo – os homens que vivem pela força, mas que contam com aqueles que vivem da troca para criar o valor de seu dinheiro roubado – os homens que pegam carona com a virtude. Em uma sociedade moral, esses são os criminosos, e os estatutos são escritos para proteger você deles. Mas quando uma sociedade estabelece criminosos por direito e usurpadores por lei – homens que usam força para tomar a riqueza de vítimas DESARMADAS – então o dinheiro se transforma no vingador de seu criador. Esses usurpadores acreditam ser seguro roubar homens sem defesa, uma vez que eles aprovaram uma lei para desarmá-los. Mas seu roubo se transforma em um ímã para os outros usurpadores, que o tomam assim que eles conseguiram. Então a corrida continua, não àquele mais hábil na produção, mas ao mais cruel na brutalidade. Quando força é o padrão, o ladrão ganha do batedor de carteira. E então a sociedade desaparece, coberta de ruínas e massacre.


Vocês desejam saber se esse dia está chegando? Observem o dinheiro. O dinheiro é o barômetro da virtude de uma sociedade. Quando você vê que a troca é realizada, não por consenso, mas por compulsão – quando você vê que, para produzir, você precisa obter permissão de homens que não produzem nada – quando você vê que o dinheiro está fluindo daqueles que negociam, não em bens, mas em favores – quando você vê que homens ficam ricos por suborno e por influência, ao lugar de trabalho, e suas leis não te protegem deles, mas o protegem de você – quando você ver a corrupção ser recompensada e a honestidade se transformando em auto sacrifício – saiba que sua sociedade está condenada. O dinheiro é um intermediário tão nobre que ele não compete com armas e não faz acordos com a brutalidade. Ele não permite a um país sobreviver como meia propriedade, meio roubo.


Toda vez que destruidores aparecem entre homens, eles começam destruindo o dinheiro, porque o dinheiro é a proteção do homem e a base moral da existência. Destruidores tomam ouro e deixam aos seus donos uma pilha falsificada de papéis. Isso destrói todos os padrões objetivos e entrega os homens ao poder arbitrário de um determinador arbitrário de valores. O ouro era um valor objetivo, um equivalente da riqueza produzida. O papel é uma hipoteca na riqueza que não existe, apoiado por uma arma apontada para aqueles nos quais se espera produzi-la. O papel é um cheque usado por usurpadores legais sob uma conta que não é deles: sob a virtude das vítimas. Aguarde pelo dia em que será marcado: “Conta endividada”.


Quando você torna mal os meios de sobrevivência, não espere que os homens permaneçam bons. Não espere que eles permaneçam morais e percam suas vidas para o propósito de se tornar o alimento dos imorais. Não espere que eles produzam, quando produção é punida e o roubo é recompensado. Não pergunte “Quem está destruindo o mundo?”. Você está.


Você está no meio da maior realização da civilização mais produtiva e você se pergunta por que ela está desmoronando ao seu redor, enquanto você condena seu sangue vital – o dinheiro. Vocês olham para o dinheiro assim como os selvagens o faziam antes, e você se pergunta por que a selva está voltando a tomar conta das suas cidades. Durante a história humana, o dinheiro sempre foi tomado pelos ladrões de um grupo ou outro, mas cujo método permaneceu o mesmo: tomar a riqueza pela força e manter os produtores amarrados, humilhados, difamados, desprovido de honra. Aquela frase sobre o mal do dinheiro, que vocês exprimem com tanta negligência, vem de um tempo quando a riqueza era produzida pelo trabalho de escravos – escravos que repetiram as ações uma vez descobertas pela mente de alguém e deixadas sem melhoramentos por séculos. Enquanto que a produção era governada pela força, e riqueza era obtida pela conquista, havia pouco a ser conquistado. Mesmo assim, durante todos os séculos de estagnação e fome, os homens exaltavam os usurpadores, como os nobres da espada, como os nobres de nascimento, como os nobres do bureau, e desprezavam os produtores, como escravos, como comerciantes, como lojistas – como industrialistas.


Para a glória da humanidade, houve, pela primeira e única vez na história, um PAÍS DO DINHEIRO – e eu não tenho mais elevado, mais reverente tributo a fazer à América, pois isso significa: um país da razão, justiça, liberdade, produção, realização. Pela primeira vez, a mente humana e o dinheiro foram libertados, e não havia fortunas pela conquista, mas somente fortunas pelo trabalho, e em vez de guerreiros e escravos, apareceram os verdadeiros criadores de riqueza, o maior trabalhador, o mais elevado tipo de ser humano – os homens feitos por si – o industrialista Americano.


Se você me pedisse para indicar a maior distinção dos Americanos, eu escolheria – porque essa contém todas as outras – o fato de que eles foram as pessoas que criaram o termo “FAZER dinheiro”. Nenhuma outra língua ou nação alguma vez tinha usado essas palavras antes; os homens sempre pensavam na riqueza como uma quantidade estática – a ser tomada, implorada, herdada, compartilhada, roubada, ou obtida como um favor. Os Americanos foram os primeiros a entender que a riqueza tem que ser criada. As palavras “fazer dinheiro” contém a essência da moralidade humana.


Ainda assim, essas foram as palavras pelas quais os Americanos foram denunciados pelas culturas apodrecidas dos continentes dos usurpadores. Agora o credo dos usurpadores induziram vocês a considerar sua maior realização como um marco de vergonha, sua prosperidade como culpa, seus melhores homens, os industrialistas, como vilões, e suas maravilhosas fábricas como o produto e propriedade do trabalho muscular, o trabalho de escravos movidos a chicotadas, como as pirâmides do Egito. O canalha que afirma que não vê diferença entre o poder do dólar e o poder do chicote, deve aprender a diferença no seu próprio esconderijo – e, eu acho, ele irá.


Até e a não ser que vocês descubram que o dinheiro é a raiz de todo o bem, vocês pedem pela sua própria destruição. Quando o dinheiro deixa de ser o meio pelo qual os homens lidam entre si, então os homens se tornam a ferramenta dos homens. Sangue, chicotes e armas – ou dólares. Façam suas escolhas – não há outras – e seu tempo está acabando.

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