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sexta-feira, 4 de junho de 2010

A HIPNOSE.

As experiências modernas com hipnose e estados de transe começam com Friedrich Anton Mesmer (1734-1815). Nascido em Iznang, Swabia, Alemanha, em 23 de maio de 1734. Julgando manipular um fluido magnético que existiria em todas as pessoas ele as induzia a estranhos estados de consciência e comportamentos fora do normal. Esses “transes” produziam, por vezes, a cura das doenças sem que fosse necessária a prescrição de remédios ao paciente. Mesmer conseguiu curar um grande número de pessoas usando apenas o método que inventara. Isso escandalizou a comunidade científica de sua época. Ele foi acusado de charlatanismo e caiu em desgraça. Sua descoberta acidental, no entanto, chamou a atenção de vários pesquisadores e cientistas. Na tentativa de compreender como eram efetuadas essas curas eles procuravam aquilo que poderia estar influenciando as pessoas sem o conhecimento de Mesmer e seus discípulos. Diversas teorias surgiram para tentar explicar o estranho estado que produzia a cura: a expectativa e a receptividade do paciente (José Custódio de Faria), a influência de uma idéia dominante (James Braid), a sugestão (Hippolyte Bernheim), a representação de um papel (Theodore R. Sarbin), a imaginação vívida (Barber), o relaxamento (William E. Edmonston Jr), a submissão à figura do hipnotista (Graham F. Wagstaff), entre outras. Embora ainda se possa ter dúvidas quanto aos verdadeiros fatores que podem estar agindo quando uma pessoa está em um “transe hipnótico”, o grande número de curas, utilizando técnicas de hipnose, demonstra que neste “estado alterado” a pessoa pode lançar mão de recursos que não julgava ter para realizar curas de doenças que afetam o corpo e a mente. A hipnose é, portanto, a chave que permite o acesso a esses recursos inconscientes capazes de efetuar a remissão de sintomas, a melhora e até mesmo a cura de diversos males. Atualmente a hipnose pode ser definida como um conjunto de técnicas de indução e controle de estados alterados de consciência. Seu uso tem se difundido como importante recurso terapêutico em campos diversos como a Psicologia a Medicina e a Odontologia. Sua eficiência é comprovada na investigação dos conteúdos do inconsciente, no controle e remissão da dor e na eliciação de estados de consciência que irão colaborar de modo eficiente para a cura e o bem estar. Entre os usos mais notáveis da hipnose estão as terapias da depressão, do estresse e da síndrome do pânico, doenças típicas do nosso tempo, além de um grande número de outros males. Não se pode pensar no entanto que o seu uso seja completamente isento de riscos. Não é indicada indiscriminadamente para pacientes em surto psicótico, uma vez que esses pacientes já estão em “estado alterado” e não têm a concentração necessária; para mulheres grávidas, pois o transe da mãe pode confundir o bebê no útero; para pacientes cardíacos e hipertensos, pois as emoções fortes vividas durante o transe podem prejudicar mais que ajudar. Esse notável recurso terapêutico tem sido erroneamente confundido com uma espécie de mágica capaz de produzir fenômenos que não se inscrevem no rol das coisas consideradas normais. Os fenômenos produzidos pela hipnose fazem parte do imenso potencial da mente humana para encontrar soluções e respostas para os mais diversos tipos de problemas do corpo e da mente. Soluções que nem sempre, por força das restrições culturais, acreditávamos possíveis.

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