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quarta-feira, 10 de março de 2010

FOBIA SOCIAL... VOCÊ SABE O QUE É?

Vergonha de falar, comer ou escrever em público, tremores no corpo ao se dirigir a alguém, bochechas vermelhas, suores. Estes são alguns dos sintomas da Fobia Social, doença que segundo estimativas do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, atinge mais de um milhão de pessoas no Estado de São Paulo.


Diferente da síndrome do pânico — embora ambas sejam transtornos de ansiedade —, cujos portadores enclausuram-se em casa com medo de sentirem-se mal fora dela, a fobia social causa enorme apreensão ao simples convívio público. "Estar diante de outra pessoa é motivo de pavor", explica o psiquiatra Tito Paes de Barros Neto, do Ambulatório de Ansiedade do HC. Segundo ele, para os portadores da fobia social, "executar qualquer ação na frente dos outros é uma tarefa árdua.


O fóbico social teme ser observado e avaliado. Paquerar e flertar são coisas difíceis, e até a carreira profissional pode estar em perigo. Muitos deixam o emprego ou não aceitam promoções no trabalho".


A fobia social não deve ser confundida com a timidez comum. "Ela é pior, pois a pessoa não apresenta uma mera vergonha, mas verdadeiros obstáculos: suores, brancos de memória, tensão muscular e até taquicardia", conta o psiquiatra. Dos casos que estudou, 30% chegavam à paranóia, sendo demasiadamente sensíveis e sentindo-se constantemente reprovados, criticados, ou mesmo rejeitados.


A origem da fobia social ainda é incerta. Acredita-se que seja causada por herança genética ou que seja fruto de uma educação repressora. Ou ainda pela soma dos dois fatores. "Pais que se preocupam em excesso com os filhos, proibindo-os de sair de casa e afastando-os da convivência social, podem estar lhes criando uma série de bloqueios. Na infância é que se estrutura a personalidade", afirma Barros.


Talvez por isso a fobia apareça tão precocemente — em geral, na adolescência. Isso poderia também explicar a maior incidência entre as mulheres, embora sejam os homens os que mais procuram tratamento. "Nossa sociedade é machista. A mulher é criada com mais recato, mais zelo, e o número de homens que trabalham fora de casa é maior. Se sofrem de fobia, precisam se tratar para sustentar a família. A mulher que opta por ficar no lar não busca tratamento", diz Barros. A tendência, no entanto, é de mudança. Com a emancipação feminina cresce o número de mulheres que trabalham e a expectativa é a de que elas também procurem tratamento.
Em jovens, a ansiedade pode ser expressa por choro, "acessos de raiva" ou afastamento de situações sociais nas quais haja pessoas não familiares.


Crianças com fobia social relatam desconforto em inúmeras situações: falar em sala de aula, comer na cantina próximo a outras crianças, ir a festas, escrever na frente de outros colegas, usar banheiros públicos, dirigir a palavra a figuras de autoridade como professores e treinadores, além de conversas/brincadeiras com outras crianças. Nessas situações, comumente há a presença de sintomas físicos como: palpitações, tremores, calafrios e calores súbitos, sudorese e náusea.


Mas a doença não tem cura.


Pode ser controlada com medicamentos (drogas antidepressivas), supervisão médica e sessões de psicoterapia

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