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sexta-feira, 12 de março de 2010

O VÍNCULO HUMANOS-ANIMAIS

O VÍNCULO ENTRE SERES HUMANOS E ANIMAIS



O convívio com animais de estimação, só traz benefícios para a saúde física e psicológica dos seres humanos. Mas, a relação entre homem e animal deve ser interativa, para ser benfazeja – isto é, não basta ser dono – é necessário passear, brincar, conviver.
E, por que isso acontece ? “Os bichos de estimação nos colocam em contato com a natureza animal, uma dimensão elementar que a sociedade e nosso estilo de vida se empenham em suprimir”, afirma Marty Becker, médico veterinário, autor de “O poder curativo dos bichos”. “Por meio de um relacionamento íntimo com nossos animais, despertamos em nós características poderosas como lealdade, amor, instinto e jovialidade”.
Os animais oferecem companhia e amor, sem as exigências dos seres humanos, além de aceitarem seus donos sem nenhum julgamento. Esses saudáveis e estreitos relacionamentos criam vínculos fortes e duradouros. Os benefícios, em termos de saúde física e/ou mental entre humanos e bichos têm sido relatados no caso de uma grande variedade de transtornos:

- Aqueles que possuem animais de estimação possuem 8 vezes mais probabilidades de sobreviver 1 ano após um infarto. Um estudo realizado por Érika Friedman e Sue Thomas, 1995, identificou que, proprietários de cães tinham sobrevida maior depois de um ataque do coração do que não proprietários.
- Os bichos diminuem nosso estresse, baixando a freqüência cardíaca (um estudo na Austrália demonstrou os baixos níveis de fatores de risco para doenças cardiovasculares ), a pressão arterial e o colesterol. O professor Warwik Anderson (1992) descobriu que os donos de cães e gatos tinham taxas mais baixas de triglicérides e colesterol do que os não proprietários.
- Quem possui animais faz menos visitas ao médico e permanece menos tempo no hospital (pesquisas médicas na Austrália).
- Os bichos combatem a depressão e o isolamento, favorecendo a aproximação entre as pessoas.
- Estudos recentes apontam que crianças entre 5 e 12 anos que têm animais, possuem mais sensibilidade e compreendem melhor os sentimentos de outras pessoas, têm mais empatia.
- Especialistas afirmam que a observação de um aquário com peixes, é tão eficaz quanto qualquer outra técnica tradicional de meditação, porque também diminui a pressão sangüínea (Lynch 2000 e Associação Internacional das Organizações de Interação Homem-Animal).
- E mais ainda: o contato terapêutico que se estabelece quando acaricia-se um animal e este devolve com uma lambida ou um afago de focinho, cria uma sensação de intimidade tranqüilizadora.
- Os animais também estimulam exercícios físicos.
- E, o mais relevante: a importância de ter que cuidar de outra criatura , o bicho, demonstra o quanto o ser humano é necessário.

Mas, até que ponto a amizade e companheirismo entre humanos e bichos é saudável para os animais? Para os bichos, há o risco de serem tratados como objetos ou o extremo oposto, que é a humanização.
Um animal não é um objeto que o ser humano manipula como quer, um brinquedo. Ele tem emoções, sentimentos e requer cuidados diários de higiene, alimentação e saúde.
Muitas pessoas adquirem um filhote e, conforme ele vai crescendo, vai “perdendo a graça” e, vai sendo visto como um estorvo. Então, é colocado de lado, sem ter atenção nem carinho e passa a ter uma vida de solidão: vive confinado e passa horas sozinho. Muitos animais morrem de depressão.

Outros são abandonados quando adoecem ou envelhecem.
No extremo oposto há o animal humanizado – o animal vai ao salão de beleza, usa roupinhas, adereços e perfumes, isto é, é tratado como se fosse um bebê humano, passando até a não reconhecer indivíduos de sua própria espécie.
A vaidade humana, muitas vezes, é colocada acima do bem-estar do animal: o olfato é o principal sentido do cão; colocar perfume em um cachorro é o mesmo que deixá-lo sem referências de si mesmo, das pessoas, de outros animais e do ambiente. Outro problema é a alimentação - excesso de comida humana, doces, guloseimas, gerando obesidade, diabetes, câncer, etc. e, diminuindo sua expectativa de vida.
Não se pode esquecer que o animal tem necessidades próprias e que deve viver como animal: nem como objeto, nem como ser humano.

Escolher conviver com um animal é, antes de mais nada, ter sob sua responsabilidade uma vida. E, o caminho para ambos, animal e humano, usufruírem dessa relação com intensidade, é o amor. Primeiramente, o proprietário aceitando o amor incondicional que o bicho lhe oferece. E, da mesma forma que ele dedica a seu dono seu amor sem limites, o proprietário deve estar preparado para oferecer amor incondicional a ele também. O contato amoroso, leal e sincero permite que os benefícios fluam entre os dois.
E, como ensina o Dr. Marty Becker: “ Olhe, escute, toque e fale são as chaves para a ignição e o combustível desse circuito do amor”.

A conseqüência de amar profundamente seu animal de estimação, é tratá-lo com respeito, cuidar dele responsavelmente, no âmbito de sua própria espécie: castrar, vermifugar, vacinar, telar janelas, levá-lo ao veterinário, passear, brincar, afagar, prover a limpeza dos dentes e de banhos, escovar, cuidar da alimentação e, principalmente, jamais abandoná-lo sob nenhuma circunstância – ampará-lo na doença e na velhice.

E, como ensina o Dr Marty Becker, o estabelecimento desse vínculo de amor e respeito, coloca-nos em contato fraterno com as outras espécies e nossa própria origem:
“ Nossos cachorros e gatos permitem uma visão íntima e permanente da mente e do espírito de outros mamíferos, servindo como uma teia que nos liga com a vastidão da natureza”.

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