TOXOPLASMOSE: O RISCO ESTÁ NO PRATO OU NO GATO?
A toxoplasmose é uma zoonose(1) que tem diversas fontes de infecção. Ao contrário do que muitos pensam, as fezes frescas de gatos não são fontes de infecções.
Os gatos infectam-se pela ingestão de presas contaminadas, água contaminada e ingestão de carne crua ou mal cozida. Ele tem o papel central na infecção por ser o único animal de sangue quente que elimina nas fezes oocistos(2) do parasita que então contamina o homem e outros animais, esses oocistos precisam ficar em média três dias no ambiente para que se tornem infectantes. Assim sendo, fezes frescas de gato, não apresentam risco de infecção.
Como os gatos são animais extremamente limpos e durante a infecção raramente apresentam diarréia, diminui o risco de ficarem resíduos fecais na sua pelagem, sendo assim, a possibilidade de transmissão para o homem pelo ato de tocar ou acariciar um gato é mínima ou inexistente. Mordidas e arranhões também são improváveis meios de transmissão.
Outro fato importante é que gatos que entram em contato com o protozoário pela primeira vez eliminam os oocistos nas fezes por uma a duas semanas e então desenvolvem imunidade que pode durar até seis anos. Durante esse período, mesmo sendo novamente expostos à infecção, não eliminarão os oocistos nas fezes, ficando impossível a transmissão para o homem e demais animais.
Diversos estudos têm demonstrado que possuir um gato como animal de estimação, ter contato com os gatos perto de casa ou trabalhar com gatos num hospital veterinário não aumentam as chances de contrair toxoplasmose. Evitar contato com o gato não significa evitar a infecção.
A principal fonte de infecção para o homem é o consumo e contato com carnes cruas e mal cozidas contendo oocistos do parasita. Entre carnes consumidas, a suína é considerada a maior fonte de infecção, pois o parasita pode sobreviver no animal por mais de um ano. O homem também pode ser infectado por via transplacentária e água contaminada com os oocistos.
Assim, a melhor forma de evitar a toxoplasmose é:
- não ingerir carne crua ou mal cozida;
- lavar bem as mãos e utensílios de cozinha com água morna após a manipulação de carne crua;
- nas atividades de jardinagem, utilizar luvas;
- lavar bem frutas e verduras;
- trocar a caixa de areia dos gatos diariamente antes que os oocistos se tornem infectantes;
- não alimentar gatos com carne crua ou parcialmente cozida,
- manter os gatos dentro de casa para evitar o hábito de caça.
Drª Claudia Vanessa B. Rodrigues - CRMV – SP 15820
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Adaptado do site www.sava.org.br
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TRANSMISSÃO:
A CARNE FRESCA E A LINGUIÇA DE PORCO SÃO A PRINCIPAL FONTE DE INFECÇÃO POR TOXOPLASMA GONDII EM VÁRIAS PARTES DO MUNDO.
Sou médica veterinária há 22 anos, apaixonada por gatos e defensora radical dos animais desde que me conheço por gente.
Temos lutado arduamente em minha cidade para melhorar o nível de consciëncia das pessoas no que tange à maneira de tratar aos animais.
Nossa mais recente luta vem sendo travada para fazer cessar a captura por parte do poder público e implantar na cidade a esterilização sistemática dos animais domésticos. Temos sofrido muito vendo os cães serem perseguidos como se fossem pragas urbanas.
Agora, recentemente tive o desprazer de me deparar com esta matéria infeliz veiculada pela rede Globo dando este enfoque sensacionalista contra os gatos ao relatar a morte da atriz Mírian Pires.
Como sempre criei gatos e trabalho com estes há mais de 20 anos gostaria de deixar minha modesta contribuição sobre alguns pontos que devem ser levantados pelos protetores quando o assunto for toxoplasmose.
Sempre costumo dizer que os nossos apelos sentimentais em defesa dos animais não contam para estas pessoas insensíveis que não os apreciam, assim sendo , todo protetor deve estar esclarecido para poder argumentar com ciëncia quando estes doutores vierem com argumentos científicos condenando os gatos.
É interessante saber que:
No artigo Toxoplasmose: Realidade e Preconceitos por Nara Amélia da Rosa Farias na Revista Acadëmica de Medicina Veterinária da Faculdade de Veterinária- UFPel- v.01,n.02 , 02/2002 temos...
"No entanto, ainda existe uma grave falta de informação entre os profissionais da área da saúde e, consequentemente, do público, quanto aos riscos de infecção dos humanos a partir de seu gato de estimação. Por isso, ainda são freqüentes recomendações preconceituosas e sem embasamento científico feitas por médicos e veterinários, quanto aos animais de estimação.
O conhecimento de características biológicas e epidemiológicas do parasita esclarece os verdadeiros riscos de infecção para o homem e os animais, tornando possível a recomendação de medidas realmente efetivas para seu controle."
No capítulo "Transmissão" temos:
- Por ingestão: a infecção por Toxoplasma gondii pode ocorrer através da ingestão de água ou alimentos contaminados com oocistos esporulados de fezes de gatos, e ingestão de carne crua ou mal cozida com cistos ou taquizoítos.
Entre os alimentos de origem animal, a carne suína, crua ou mal cozida, representa maior risco de transmissão de toxoplasmose aos humanos, seguida de produtos ovinos, caprinos e de coelhos.
Nesta altura, levanto a seguinte questão: porque tanta perseguição aos gatos e nenhuma tentativa de induzir as pessoas a deixarem de comer a carne destes animais citados acima? Por mais dramático e até irônico que seja, as pessoas os comem e se lambuzam e não estão nem um pouquinho preocupadas em se contaminar, agora, quando o assunto é gato, aí sim, vem uma preocupação paranóica, e querem sair abandonando ou matando os felinos. A questão é que passamos no primeiro caso por uma necessidade de mudança de hábitos e aí entra o prazer milenar e macabro das pessoas em comerem os indefesos animais...
Ainda em "Transmissão": A carne fresca e a lingüiça de porco são a principal fonte de infecção por Toxoplasma gondii em várias partes do mundo.
No Brasil, isso é agravado pelo fato de que grande parte das lingüiças consumidas são feitas artesanalmente. Vários estudos revelam maiores prevalências de infecção por Toxoplasma gondii em humanos, nas populações que tem com hábito a ingestão de carnes cruas ou mal passadas.
Além disso, as prevalências de infectados aumentam com as faixas etárias, indicando ser essa uma das principais fontes de infecção para os humanos. Carnes embutidas, processadas inadequadamente (principalmente salsichas), podem representar importante fonte de infecção para humanos em várias regiões, inclusive no sul do Brasil.
# A esta altura vocês todos que estão lendo estas informações devem estar se questionando porque as autoridades médicas não fazem alarde quanto a estes meios de transmissão! Será má formação acadêmica, ou simplesmente omitem estas informações levianamente não se importando com o destino reservado aos felinos.
Ainda em "Transmissão": Já foi relatada transmissão pelo leite de cabra in natura.
Os oocistos infectantes podem também ser espalhados por hospedeiros de transporte, como minhocas, moscas e baratas. As baratas podem contaminar diretamente os alimentos, além de servirem de fonte de infecção mesmo para cães e gatos mantidos no interior de residências.
# É importante salientar que o contato direto com o gato, o fato de acariciá-lo, não representam risco de infecção para o ser humano, por vários motivos:
1. o período de eliminação de oocistos é muito reduzido,
2. os oocistos precisam de, no mínimo, um dia no ambiente para se tornarem infectantes e portanto, o contato com fezes frescas não representa risco,
3. mesmo durante a eliminação de oocistos, os gatos geralmente não apresentam diarréia. Esse fato, somando aos hábitos de higiene do animal, fazem com que não permaneçam resíduos fecais na região peri-anal, nem em sua pelagem, eliminando o risco de infecção dos humanos que o acariciem,
4. mordidas e arranhões de gato são improváveis formas de transmissão do protozoário, uma vez que, mesmo durante a fase aguda da doença, dificilmente existirão taquizoítos na cavidade oral do felino e nas unhas, essa possibilidade é nula.
Portanto, a contaminação humana com oocistos eliminados pelo gato, pode ocorrer através da ingestão de água ou alimentos contaminados, não havendo perigo adicional de transmissão a partir do contato direto com o animal de estimação.
Controle:
Para recomendar medidas de controle de uma enfermidade, é indispensável conhecer a biologia do agente etiológico, as formas de transmissão e as prováveis fontes de infecção. Infelizmente, alguns médicos e veterinários fazem recomendações que revelam seu desconhecimento sobre a parasitose e muitas vezes, o que é pior, um grande preconceito contra o gato como animal de estimação. São feitas recomendações exageradas, como a de se desfazer do animal, sem levar em conta o impacto emocional dessa medida para o dono.
Os benefícios emocionais do convívio com um animal de estimação são indiscutíveis e, muitas vezes, desrespeitados por profissionais desinformados. Além disso, vários trabalhos demonstraram que o fato de alguém ter gatos como animais de companhia, e até mesmo de lidar com eles em hospitais veterinários, não aumenta sua probabilidade de se infectar por Toxoplasma gondii.
Evitar o contato com gatos não significa evitar a exposição ao Toxoplasma gondii. É necessário levar em conta todas as outras possíveis fontes de infecção para poder tomar medidas de controle racionais e efetivas que, embora simples, em muitos casos são ignoradas pelos profissionais da saúde."
...
E para finalizar, sempre digo, que se os animais fossem tão pestilentos assim, não haveria nenhum de nós, veterinários, vivo.
Vanilda Pintos - Médica Veterinária
Rio Grande / Rio Grande do Sul
vanildamp@vetorial.net
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TOXOPLASMOSE
SERÁ QUE A CULPA DA FALTA DE SOLIDARIDADE NESSA VIDA TAMBÉM É DO GATO?
Dr. Paulo Menezes, supervisor veterinário da SUIPA
Há mais de vinte anos exerço a profissão de médico veterinário no Estado do Rio de Janeiro. Todos que me conhecem, sabem que sou tranqüilo, não brigo, quero apenas viver pacificamente, junto à minha família e tentando salvar as vidas pelas quais tenho o maior respeito - as dos animais.
Mas acho que agora não dá mais para me calar! Desde a época da Inquisição, as pessoas queimavam os gatos, em rituais religiosos, o pobre do gato preto está sempre furado com agulhas nas encruzilhadas. Se uma criança tem um gatinho em casa, imediatamente a família acha que, o indefeso gato, é a causa principal pela doença do bebê.
Enfim, escuto as maiores asneiras, quando dizem que o gato transmite asma, transmite bronquite, faz parte do "demônio", "dá azar" e, agora, com a morte de uma atriz (que há seis anos estava com linfoma) que tinha apenas dois gatos e que contraiu a toxoplasmose, estão culpando - MAIS UMA VEZ - os gatos.
Soube que a senhora que faleceu, tem uma irmã com 84 anos, que tem 23 gatos em sua residência e, graças a Deus, até agora, parece não haver qualquer tipo de problema de saúde. Aconteceu uma fatalidade, porque certamente o sistema imunológico da senhora que faleceu já deveria estar bem enfraquecido. A toxoplasmose no ser humano é facilmente tratável, através de antibióticos adequados e corretos, conforme entrevistas de médicos imunologistas.
Amigos, a toxoplasmose, é transmitida pela ingestão de carne crua, carne mal cozida ou verduras mal preparadas. As fezes do gato podem transmitir essa zoonose, caso o animal esteja com a doença. Mesmo assim, em geral, os gatos desenvolvem imunidade ao toxoplasma depois da infecção inicial e, portanto, só eliminam os oocistos UMA VEZ em seu período de vida.
As pessoas também deveriam ter o hábito de lavar as mãos antes das refeições para prevenir a contaminação e o recolhimento das fezes, deveria ser com luvas, jornais, sacos plásticos etc. para que não houvesse contato direto.
Acho que já falei bastante, mas ainda tenho uma dúvida:
Será que a falta de solidariedade existente em grande parte do ser humano também tem como causa principal o GATO?????
Dr. Paulo Roberto Lima de Menezes, MV
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Fonte - www.suipa.org.br em 21/10/2004
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TOXOPLASMOSE E A ÉTICA NA PROPAGAÇÃO DE INFORMAÇÕES
Andréa Lambert (andrealambert@terra.com.br) - Médica-veterinária, presidente da ANIDA-RJ (Associação Nacional para a Implementação dos Direitos dos Animais) - http://www.animaisdecirco.org
Renata de Freitas Martins - Jurídico Associação Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos
Tendo-se em vista a forte divulgação de informações preconceituosas e errôneas a respeito da toxoplasmose, imputando aos gatos toda a culpa por sua transmissão, abordaremos a seguir sobre o assunto, esclarecendo de vez certas lendas.
Toxoplasmose é doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. O parasita é capaz de invadir, naturalmente, qualquer organismo animal de sangue quente (homeotermos), nos quais se multiplica em ciclo assexuado. É parasita estrito do interior da célula (intra celular), e principalmente células do sistema nervoso central, endotélios e dos músculos estriados como o são aqueles esqueléticos e do coração (miocárdio).
Sua transmissão, diferentemente do que a cultura popular prega, não é dada exclusivamente por fezes de gatos (1). Aliás, muito pelo contrário. O modo mais comum de transmissão da toxoplasmose é a ingestão alimento contaminado, principalmente carnes cruas e mal cozidas.
Quando um ser humano tem seu primeiro contato com agente causador da Toxoplasmose, ele pode desenvolver sintomas semelhantes aos de uma gripe, como dores no corpo, tosse, entre outros. As defesas do organismo costumam ser suficientes para conter o processo, embora pessoas com deficiências imunológicas (portadores de AIDS e câncer , por exemplo) possam desenvolver sintomas graves em função dessas infecções. O parasita pode ainda retornar caso a imunidade seja afetada no futuro. Após esta primeira infecção o indivíduo normal ganha imunidade contra a doença.
O grande perigo da infecção ocorre quando uma mulher gestante entra em contato com o Toxoplasma pela primeira vez em sua vida e desenvolve a infecção, mas a mulher gestante pode se prevenir não comendo alimentos crus ou mal-cozidos, usando luvas ao fazer jardinagem (lavando as mãos depois) e limpar cuidadosamente o material que irá entrar em contato com carne crua, como a tábua de cortar carne. É bom que a gestante possa saber se já tem ou não anticorpos contra a Toxoplasmose, até para poder regular o grau de atenção para as medidas preventivas. Isso se consegue por meio de um exame de sangue.
Assim, a divulgação de informações de forma equivocada, além de ser prejudicial aos gatos, também faz com que a omissão na informação da transmissão por meio da alimentação, por alimentos como leite em natura (sem pasteurização), verduras e carnes mal passadas contaminadas, que é a grande fonte de infecção, é um grande erro no ponto de vista sanitário e de saúde pública, pois nega à população uma importante informação para a prevenção da contaminação. Assim o preconceito sempre estará acima da verdade e informação.
Neste mesmo sentido discorre Nara Amélia da Rosa Farias, in "Toxoplasmose: Realidade e Preconceitos", Revista Acadêmica de Medicina Veterinária da Faculdade de Veterinária - UFPel- v.01,n.02 , 02/2002:
"(...) ainda existe uma grave falta de informação entre os profissionais da área da saúde e, conseqüentemente, do público, quanto aos riscos de infecção dos humanos a partir de seu gato de estimação. Por isso, ainda são freqüentes recomendações preconceituosas e sem embasamento científico feitas por médicos e veterinários, quanto aos animais de estimação.
O conhecimento de características biológicas e epidemiológicas do parasita esclarece os verdadeiros riscos de infecção para o homem e os animais, tornando possível a recomendação de medidas realmente efetivas para seu controle."
Um trabalho de informação à população é fundamental para se esclarecer sobre a toxoplasmose e evitar a contaminação.
Aliás, sobre este assunto, muito bem nos ensina o insigne promotor de Justiça, Dr. Laerte Levai, em seu livro "Direitos dos Animais":
"Não é justo discriminar os gatos pela transmissão da toxoplasmose, mesmo porque esses animais têm costumes higiênicos bem apurados (enterram nas próprias fezes e demonstram asseio corporal). O que pouca gente sabe, no entanto, é que os gatos – em regra quando pequenos – eliminam naturalmente o toxoplasma, ficando livres, em definitivo, do protozoário. A situação de penúria e abandono que, tantas vezes atinge os bichanos, fazendo com que eles precisem caçar para sobreviver, pode eventualmente trazer a doença. Nesta hipótese, medidas efetivas de conscientização ambiental e de posse responsável mostram-se fundamentais para enfrentar o problema".
Portanto, pelo breve exposto, é notório que a contaminação de toxoplasmose por meio do contato com gatos é mais uma das maldosas lendas urbanas, e, infelizmente, adotada por muitos, e inclusive pela imprensa, que, infelizmente, deixa de cumprir seu próprio código de ética (art. 2º: "A divulgação de informação, precisa e correta, é dever dos meios de comunicação pública, independente da natureza de sua propriedade").
Ética nos meios de comunicação é essencial para a correta disseminação de informações e conseqüente formação de uma sociedade com atitudes corretas e justas!
(1) É importante salientar que o contato direto com o gato, não representa risco de infecção para o ser humano, pelos motivos a seguir expostos:
- o período de eliminação de oocistos é muito reduzido;
- os oocistos precisam de, no mínimo, um dia no ambiente para se tornarem infectantes e, portanto, o contato com fezes frescas não representa risco;
- mesmo durante a eliminação de oocistos, os gatos geralmente não apresentam diarréia. Este fato, somando-se aos hábitos de higiene do animal, faz com que não permaneçam resíduos fecais na região peri-anal, nem em sua pelagem, eliminando o risco de infecção dos humanos que o acariciem;
- mordidas e arranhões de gato são improváveis formas de transmissão do protozoário, uma vez que, mesmo durante a fase aguda da doença, dificilmente existirão taquizoítos na cavidade oral do felino, e nas unhas essa possibilidade é nula.
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Fonte - http://www.fernandosantiago.com.br/toxoplas.htm
sexta-feira, 12 de março de 2010
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