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sexta-feira, 12 de março de 2010

Como identificar a dor nos animais domésticos

A humanização dos animais domésticos permitiu a eles demonstrar sua dor sem correr o risco de parecer uma presa fácil, o que seria fatal em um ambiente selvagem. Hoje, o sinal está verde para que o bichinho expresse seu incômodo, e o perigo que ele corre é somente o de não conseguir se fazer entender.



O animal com dor pode não verbalizar seu sentimento através de sons, mas certamente apresentará algumas alterações em seu comportamento. Cachorros calmos e comportados podem ficar mais agressivos, e o oposto também pode acontecer se o cão bravo parecer não se importar mais com o carteiro ou o coletor de lixo.



Gatos costumam se isolar. “A automutilação também é um sintoma muito comum do animal com dor, e normalmente vem acompanhada de diminuição do apetite, depressão e apatia”, explica Karina Yazbek, veterinária certificada pela SBED – Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor.



Segundo Karina, o câncer é a principal causa de dor em animais, seguido pela osteoartrose. Ambas as doenças podem ser causadas por inúmeros fatores, inclusive a genética, mas se sabe que, devido aos cuidados que recebem de seus donos, a expectativa de vida dos animais têm aumentado. Isso os torna mais suscetíveis a doenças que se desenvolvem com o passar dos anos.



A 4º edição do Cindor, seguindo a linha da interdisciplinaridade, abordou também a questão da dor nos animais domésticos, e divulga a escala de qualidade de vida em animais que sofrem com dor. Entre os indicadores estão as atividades diárias normais de cães e outros animais domésticos, ou seja, seu animal tem uma boa qualidade de vida quando mantém os hábitos de higiene, se envolve em brincadeiras, vai receber o dono no portão, pede para passear e está sempre demonstrando sua satisfação de um jeito bem conhecido, abanando o rabo.



Para ajuda os donos a identificar e tratar possíveis problemas de saúde, o Congresso listou alguns sinais que podem revelar a dor do seu gato ou cachorro:



Aumento de agressividade ou apatia



Automutilação



Redução do apetite



Diminuição da mobilidade



Isolamento



Depressão



E citou também as atitudes que apontam bons índices de qualidade de vida dos animais:



Interesse e participação em brincadeiras



Interação com o dono (receber no portão, pedir para passear)



Abanar o rabo



Boas condições de higiene



Bom apetite



Fique de olho nos itens acima e preste atenção às manifestações do seu bicho de estimação. Caso note alguma alteração em seu comportamento, procure um médico veterinário pois, assim como nos humanos, o diagnóstico e o tratamento precoces aumentam as chances de cura e diminuem os riscos de complicações.

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Publicado na edição Nº 31 - Ano 6, junho, 2009





Fonte- http://www.revistailhabela.com.br/home.php?home=false&click_editorial=false&click_subeditorial=false&click_noticia=true&idnoticia=626

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