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quinta-feira, 27 de maio de 2010

A ALMA ANIMAL COLETIVA - UMA VISÃO ESPIRITUALISTA.

Pesquisando a respeito da existência ou não de alma nos animais, encontrei esse texto. Traz uma visão universal de correspondência entre todas as criações de Deus. Parte do princípio que viemos de um mesmo passado remoto e que estamos em constante evolução.

"Para alguns estudantes, parece difícil compreender a idéia da alma animal coletiva, mas seu símile, de origem oriental, talvez a torne mais inteligível. Pode-se comparar a alma coletiva à água contida num recipiente. Se tirarmos desse recipiente um copo cheio de água, teremos neste a representação da alma de um animal isolado. A água do copo está separada por determinado tempo da do recipiente e toma a forma do copo que a contém. Suponhamos agora que adicionamos na água do copo uma matéria colorante, que lhe empresta um matiz determinado. A matéria colorante simboliza, em nossa hipótese, as qualidades adquiridas pela alma isolada, durante sua encarnação transitória.

A morte do animal corresponderá ao ato de verter a água do copo no recipiente. A matéria colorante se mistura então com a massa total do liquido, tingindo-a debilmente. De maneira análoga, as qualidades eduzidas (extraídas) pelo animal durante a sua vida, irão formar parte, depois da sua morte, da totalidade da alma coletiva. Depois disto, seria impossível tirar do recipiente um copo de água idêntica à do primeiro, e cada copo tirado de novo estará forçosamente matizado com a cor do primeiro copo. Se fosse possível tirar do recipiente exatamente as mesmas moléculas de água, de sorte que reproduzissem o primeiro copo, equivaleria a uma verdadeira reencarnação. Mas a alma transitória é reabsorvida pela alma coletiva, e assim se conserva cuidadosamente tudo o que foi adquirido durante a separação temporária.

Considerando em conjunto a evolução do reino animal, num momento dado não se tira um só copo do recipiente, porém muitos ao mesmo tempo, e cada um deles transmite à alma coletiva a sua parte de qualidades evoluídas. Num mesmo momento, manifestam-se muitas qualidades diferentes em cada alma coletiva, que se expressam de maneira peculiar em cada animal. Deste modo se adquire o instinto, que algumas espécies possuem congenitamente. No instante em que o patinho sai do ovo, busca instintivamente a água e mergulha nela sem medo algum, porém com grande consternação da galinha, se acaso o incubou. Com efeito, o fragmento da alma-grupo que se encarna no pato, sabe perfeitamente, por anteriores experiências, que a água é o seu elemento natural, e os filhotes não temem obedecer ao seu instinto natural.

Constantemente se nota uma tendência cada vez mais definida para uma subdivisão determinada, que se manifesta de maneira curiosa, semelhante à divisão de células.

Podemos imaginar que na alma coletiva, que se supõe anima uma grande massa de matéria astral, começa a formar-se uma espécie de tenuíssima película, comparável a um tabique (divisória pouco espessa) que gradualmente se fosse formando para separar a água de um recipiente. No princípio, a água se filtraria através do delgado tabique. Suponhamos agora que os copos de água tirados de uma das divisões fossem por nós vertidos, depois de utilizados, na mesma subdivisão do recipiente. Teríamos assim, pouco a pouco, a água de um lado diferente da do outro, e supondo que o tabique se tenha tornado impermeável durante este processo, haveria dois recipientes em vez de um.

Esta operação se repete constantemente até chegar-se aos animais superiores, cuja alma coletiva anima um número relativamente pequeno de corpos. Tem-se observado que tão só os animais domésticos, e mesmo assim nem todos, podem individualizar-se, ou seja, passar do reino animal ao reino humano.

Convém recordar que apenas transcorreu a metade da evolução de nossa cadeia planetária, e até o fim desta evolução não ascenderá o reino animal ao reino humano. Deduz-se, naturalmente, que os animais que alcançam ou estão prestes a alcançar a individualização, avantajam-se consideravelmente à massa total, e seu número tem de ser, forçosamente, muito reduzido. Contudo, estes casos se apresentam algumas vezes e são bastante interessantes, pois nos ensinam como viemos à existência num remotíssimo passado. O reino animal da Cadeia Lunar, da qual proviemos, se acha em nível inferior ao reino animal de nossos dias; mas os princípios que presidem ao processo da individualização são sempre os mesmos."

Trecho do livro O HOMEM VISÍVEL E INVISÍVEL - C.W.Leadbeater
Cap. VII - A ALMA ANIMAL COLETIVA

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