Primeiramente, é claro afirmar que a decisão de tratamento ou eutanásia não deve-se basear somente na presença do vírus,outros fatores devem ser avaliados,como quadro clínico geral do paciente,doenças concomitantes,condições do proprietário(psicológicas,financeiras...) e fatores ambientais,dentre outras intercorrências.
De acordo com vários estudos,geralmente um animal positivo para estas retroviroses pode viver por alguns anos ainda,com os devidos cuidados,podendo até a sucumbir por outras causas não-relacionadas.Um FIV-positivo possui uma expectativa de vida em média de 5 anos após o diagnóstico.Um FeLV-positivo vive de 2,5 a 3 anos após o diagnóstico,e claro que em casos de dupla infecção essa expectativa diminue bastante.
Os gatos infectados não podem ter acesso à rua,devem ser mantidos confinados,assim,evita-se a contaminação de outros animais,mas também previne o soro-positivo da exposição à agentes patogênicos,principalmente bactérias e ectoparasitas do meio externo.
Uma boa nutrição é fundamental,baseada em rações felinas de qualidade,água abundante e filtrada,devendo-se evitar dietas caseiras a base de carne ou leite.
O programa de controle de ecto e endoparasitas deve ser frequente,visto as doenças que eles podem desencadear.
O veterinário deve ter o cuidado de marcar e incentivar os retornos periódicos destes pacientes.O exame clínico deve ser cuidadoso,dando maior atenção ao sistemas mais predispostos,como a cavidade oral,linfonodos ,pele, cavidade torácica,segmentos anteriores e posteriores dos olhos e sistema nervoso.O perfil hematológico também é importante,devido às alterações comuns causadas por estas enfermidades,que precisam ser logo detectadas.Além de bioquímica sérica,conhecendo-se os perfis renais e hepáticos, e a urinálise,que nunca deve ser esquecida.
A vacinação destes animais ainda gera muitas discursões,acredita-se que a resposta imune em relação à imunização é semelhante em soro-positivos e não-infectados,mas o recomendado é não usar vacinas com vírus vivos-modificados,e o programa de imunização deve conter apenas vacinas essenciais para o determinado paciente.
O esteio do tratamento é a prevenção e a cura das infecções oportunistas.Drogas imunosupressoras devem ser utilizadas com cautela,somente se necessárias.Cada caso é um caso,mas os imunoestimulantes são conhecidamente benéficos,como o interferon alfa humano e o interferon felino(ainda não disponível no Brasil).O AZT,anti-viral bastante conhecido,é o que mais beneficia o paciente,com melhoras visíveis na sintomatologia,principalmente nas lesões orais e neurológicas.
Para baixar:Feline Retrovirus Management Guidelines
quinta-feira, 27 de maio de 2010
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