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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Holanda derrota Brasil e põe fim à era DungaSistema nervoso traiu o Brasil.E perdeu o equilibrio.






No mesmo dia em que atingiu aprovação recorde junto ao torcedor, treinador amarga derrota por 2 a 1, de virada, e deixa a Copa.O recluso Brasil de Dunga não conseguiu superar o festeiro time de Carlos Alberto Parreira. Quando assumiu a seleção brasileira em 2006, o atual treinador adotou a linha-dura e métodos opostos àqueles aplicados no último Mundial. O desfecho, porém, foi o mesmo. Só mudou o adversário. Nesta sexta-feira, a seleção brasileira perdeu da Holanda por 2 a 1 e foi eliminada da Copa do Mundo nas quartas de final, mesma fase em que parou há quatro anos, diante da França.

O resultado, mais do que encerrar a campanha brasileira na África do Sul, coloca fim a mais uma era Dunga. Dessa vez, com derrota, bem diferente do que aconteceu em 1994, quando o contestado capitão ergueu a taça nos Estados Unidos.

Ironicamente, a queda acontece no mesmo dia em que a aprovação do técnico atingiu seu índice recorde junto à torcida, quase 70%, segundo pesquisa divulgada pelo instituto Datafolha nesta sexta-feira. Poderia ter sido diferente, após gol de Robinho e domínio absoluto do Brasil no primeiro tempo. Mas a equipe perdeu a chance de matar o jogo, o setor defensivo errou muito na etapa final e a Holanda virou com um gol contra de Felipe Melo e outro gol de Sneijder, ambos de cabeça.

O segundo gol holandês desequilibrou o time brasileiro, que parou de jogar, começou a bater e a reclamar demais com a arbitragem. Felipe Melo, que tinha ido bem na primeira fase, caiu definitivamente em desgraça. Além de marcar o gol contra numa trombada com Júlio César, ele foi expulso aos 28 minutos e deixou o Brasil com um a menos.

E foi levando a proposta de Dunga ao extremo que a seleção teve seus melhores momentos na partida. Isso porque, logo aos 9 minutos, depois de já ter tido um gol corretamente anulado, o Brasil fez 1 a 0 com Robinho, completando um belo passe de Felipe Melo — que, recuperando-se de lesão, era dúvida antes do jogo.

Na frente no placar, o Brasil pôde fazer aquilo que mais gosta: marcar e contra-atacar. Assim, na primeira etapa, anulou os melhores jogadores holandeses, como Robben e Sneijder, e foi quem mais levou perigo no ataque, com Robinho, Kaká e Daniel Alves — que substituía o machucado Elano. A Holanda só conseguia levar algum perigo nas bolas paradas.

No início do segundo tempo, sem alterações nas duas equipes, foi justamente em uma jogada iniciada com bola parada que a Holanda empatou. Após cobrança de falta pela direita, Sneijder cruzou a bola na área, Júlio César saiu mal do gol e Felipe Melo tocou com a cabeça na bola, colocando-a nas próprias redes. Foi o primeiro gol contra do Brasil na história das Copas.

Após o empate holandês, a partida ficou mais equilibrada do que na primeira etapa. Percebendo a possibilidade de expulsão de Michel Bastos, que já havia recebido cartão amarelo e continuava cometendo faltas, Dunga o tirou de campo para colocar Gilberto.

O Brasil, contudo, seguia dando espaço aos holandeses. E foi depois de uma cobrança de escanteio de Robben, aos 23 minutos, que os europeus chegaram à virada: Kuyt desviou de cabeça e Sneijder, também com a cabeça, acabou marcando o segundo.

A virada holandesa tirou o equilíbrio do Brasil. Nervoso, apenas quatro minutos depois, o time teve o volante Felipe Melo expulso de campo por cometer falta violenta em Robben. Robinho também mostrou nervosismo ao reclamar com veemência, injustamente, com o atacante holandês.

Mesmo com um jogador a menos, o Brasil ainda conseguiu se aproximar do gol holandês, ao mesmo tempo em que dava muito espaço para os contra-ataques. O gol, porém, não voltou a sair.

Nesta Copa, o Brasil ainda não havia precisado atacar o adversário. Quando precisou, estava com um jogador a menos. E a eliminação, que já parecia iminente aos 28 do segundo tempo, chegou para valer com o apito final do árbitro.

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