quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Artigos sobre namoro e relacionamento.
O fim do ano vai chegando e, junto com ele, chega também aquela inquietação. Começamos a fazer uma espécie de “balanço” do ano que se encerra: o que fizemos, o que iniciamos, o que deixamos de fazer, o que conseguimos, o que não conseguimos. Após esse balanço, planejamos o ano seguinte, especialmente em relação ao que não foi feito: “não consegui entrar pra academia esse ano, mas ano que vem eu prometo que entro”; “não pude estudar como eu gostaria, mas não passa do ano que vem!”. É claro que sempre há aquelas promessas de ano novo que se repetem. Tal como casais renovam os votos de seu casamento, há também planos que se repetem ano após ano. Entre as grandes promessas de ano novo está conseguir um novo amor. Aliás, é um dos assuntos que gera mais inquietações no balanço do ano velho e nos planos para o novo. “Desse ano não passa”, pensam muitos. Fazem promessas a santos de quem sequer são devotos, fazem “aquela” simpatia que a amiga disse ser infalível, usam roupas íntimas de tal ou tal cor, porque “dá sorte no amor”. Nesse campo, vale tudo. Ou, no máximo, “não custa nada”, então porque não fazer? Nada contra o uso de todo e qualquer método na busca de um grande amor, mas acredito ser importante parar para pensar em tudo isso.
Em primeiro lugar, o ano novo em si. Tudo bem, um ano se encerra e um novo se inicia. Isso é importante para nossa cultura e nossos calendários todos – escolares, de trabalho etc – se baseiam em um ano que começa em janeiro e termina em dezembro. Acontece que quem inventou tudo isso foi o ser humano. Não há nada na natureza que indique que “aqui termina 2009” e “aqui começa 2010”. É cultural, tanto que os judeus e os chineses comemoram a passagem do ano em outras épocas. Tenham calma, não estou propondo que ignoremos a mudança de ano nem que a consideremos pouco importante! Apenas quero mostrar que não é uma coisa natural – no sentido de natureza – mas algo criado por seres humanos. Sendo assim, por que necessariamente temos que encontrar um amor, emagrecer, estudar, ou cumprir qualquer outra promessa, no ano que se inicia? Qual é realmente a diferença, em termos de data, de começar uma dieta no dia 1º de janeiro de 2010 ou no dia 3, um mês antes ou dois meses depois? Assim, chegamos à pergunta que considero fundamental: porque tanta ansiedade por não ter conseguido um amor em 2009? Algumas pessoas ficam tão ansiosas que parece que não haverá mundo após o dia 31 de dezembro: “não encontrei em 2009, não vou encontrar nunca mais”. Por que não? É evidente que a ansiedade é compreensível. Pra quem está em busca, o tempo parece passar diferente e poucos meses parecem uma eternidade. A ansiedade vai aumentando conforme os meses passam e a virada do ano parece denunciar ainda mais que a pessoa ainda não conseguiu o que gostaria. Acontece que essa ansiedade atrapalha mais do que ajuda.
A ânsia por conseguir alguém faz os critérios de escolha se afrouxem e qualquer homem/mulher é visto como um amor em potencial. Isso faz muitas pessoas mal conhecerem as outras e já falarem em namoro. Resultado: muitos ficam assustados e literalmente “fogem” dessa pessoa desesperada. Portanto, como diz o ditado, “muita calma nessa hora”. O ano está acabando, mas as oportunidades não. Gostaria de abordar ainda um outro assunto. Novamente, esclareço: não tenho nada contra promessas, simpatias ou qualquer outro método análogo na busca de um amor. Cada um deve fazer aquilo com que se sinta melhor, independentemente de ser científico ou não. Acontece que – é importante lembrar – esses métodos não bastam por si só para se encontrar um(a) companheiro(a). Em primeiro lugar, porque o amor não vai bater à nossa porta apenas por termos usado uma calcinha rosa na noite do réveillon. É preciso ir em busca. Entregar toda a responsabilidade do sucesso nos relacionamentos a uma promessa ou simpatia seria insuficiente. Além disso, relações não dependem apenas de uma pessoa. Não basta apenas querermos ou nos dedicarmos intensamente à tarefa de conseguir um amor. Até porque corremos o risco de conseguir, mas o tal “amor” não nos corresponder. Esse talvez seja o ponto mais importante.
Relacionamentos estão longe de ser algo objetivo. “Infelizmente”- pensarão muitos. Não é uma questão de fazer uma coisa e ter certeza do resultado. Não é como uma operação matemática. Depende de muitos fatores que escapam ao nosso controle. Muitos escrevem para o “Seja+” contando que saíram com alguém que conheceram no site, gostaram do outro, mas no dia seguinte ele(a) disse que não “rolou química”. As pessoas que nos escrevem ficam com raiva ou decepcionadas: “como assim não teve química?”. É, não teve. Como eu disse, não é algo objetivo. Pode ter tido para mim e não para o outro. Ou o contrário. Relacionamentos são vias de mão dupla, e isso não é apenas um modo de dizer.
Assim, ao fazermos promessas, simpatias e ao irmos efetivamente à busca de um grande amor, estamos fazendo a nossa parte. No entanto, como não é algo que possamos fazer sozinhos, precisamos que o outro faça a dele também. Por isso, novamente dou a mesma recomendação: calma! Se você ainda não conseguiu, não é porque esteja fazendo algo de errado. Também não é porque seu destino seja ficar só. Não depende apenas de você. Continue em busca e, mais cedo ou mais tarde, terá sucesso. Tente não deixar a ansiedade dominar pois, como já disse, ela acaba atrapalhando. Por último, mas não menos importante, gostaria de deixar a todos meus votos de feliz Natal e que 2010 seja um ano de realizações e sucessos em tudo o que desejarem.
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