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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Quando família e amigos do outro são um problema


Dizem que quando nos casamos com uma pessoa, nos "casamos" também com a família dela. Isso porque tem início uma convivência quase que obrigatória, que pode ser mais ou menos intensa, de acordo com o tipo de família. Festas, almoços de dia das mães, aniversário do sobrinho, casamento da prima... Essas são só algumas das ocasiões em que estaremos com a família daquele(a) que escolhemos para compartilhar nossas vidas. Isso sem contar com encontros cotidianos, que acontecem no dia-a-dia, quando não há nenhuma comemoração envolvida. Toda essa convivência não acontece apenas quando somos casados. Quando namoramos, já nos vemos envolvidos com todas essas pessoas. Mesmo sem estarmos casados, já nos referimos aos pais e irmãos do(a) namorado(a) como "sogros" e "cunhados". Podemos concluir, então, que, quando namoramos uma pessoa, "namoramos" também com a família dela.
Se formos um pouco além, perceberemos que não "ganhamos" apenas o convívio com mais uma família ao nos relacionarmos com alguém. Há também os amigos do(a) namorado(a) ou marido/esposa. Assim como acontece com a família, o convívio se dá em ocasiões especiais, como aniversários e casamentos, mas também no cotidiano, na praia, em bares, restaurantes e outros.
Quando tudo vai bem, não há problema algum em conviver com a família e os amigos do(a) companheiro(a). Pelo contrário, nos sentimos parte dessa nova família, e somos amigos dos amigos do outro. Mas o que acontece quando esse convívio, muitas vezes tão intenso, não é pacífico? O que acontece quando não gostamos da família ou dos amigos do outro? E quando a situação é inversa, ou seja, quando a família ou os amigos não gostam da gente? O que fazer? Como se comportar? Tentaremos aqui dar algumas dicas sobre como lidar com essa situação tão complicada e embaraçosa.
1) Por que não gosto deles?

Em primeiro lugar, é preciso saber o motivo que nos leva a não gostar da família ou dos amigos da outra pessoa. Há uma razão objetiva? Houve alguma situação concreta que tenha gerado a antipatia? Em muitos casos, a resposta para as duas perguntas é não. É comum se tratar mais de uma "implicância", do que de um não-gostar propriamente dito. A implicância entre sogra e nora, por exemplo, é tão comum que seja a ser retratada de maneira caricatural no cinema, teatro e em programas de televisão. Também é frequente haver problemas entre a companheira e os amigos do namorado/marido, especialmente os amigos solteiros. Muitas mulheres temem que eles influenciem seu amado e o levem para a boemia, e que, assim, acabem as abandonando. Nesses casos, a implicância dela com os amigos dele é quase certa.
Por tudo isso, a primeira dica é cuidado com a implicância! Se não há nenhuma razão objetiva para não gostar da família e dos amigos dele, por que implicar? Essa implicância acaba sendo motivo de conflito entre o casal, já que são pessoas de quem o(a) companheiro(a) gosta e com quem convive.
2) Falo ou não falo?

Uma dúvida comum é sobre comentar ou não com o outro sobre a antipatia em relação aos amigos e familiares dele. Nesses casos, costumo pensar que a sinceridade é o mais adequado, mesmo porque muitas vezes é difícil disfarçar a antipatia. Falar com o outro, no entanto, não significa cobrar dele o afastamento, ou mesmo que ele concorde com as críticas que você faz. Conversar sobre esse assunto tem muito mais a função de evitar situações desagradáveis. Por exemplo, se ele(a) tem um amigo de quem você não gosta, será que você precisa ir a uma festa na casa dele? Nesse ponto, é importante lembrar que um casal é composto por duas pessoas diferentes, que não são coladas uma na outra. Assim, um pode ir a determinado lugar e encontrar determinadas pessoas, e o outro pode simplesmente optar por não ir. Dessa maneira, todos evitam incômodos: um não convive com pessoas de quem não gosta, e o outro não precisa abrir mão inteiramente da convivência com aqueles de quem gosta.
3) E o outro nessa história?

É mais fácil e mais comum que tomemos a nós mesmos como parâmetros quando não gostamos de algum amigo ou de alguém da família dele(a). Muitas vezes pensamos que, se não gostamos dessas pessoas, o outro não deve conviver com elas. Acontece que são pessoas queridas para o outro, sejam elas amigas ou familiares. Por isso, seria até injusto cobrar o afastamento ou incitar a inimizade. Assim, uma sugestão importante é não esquecer o(a) companheiro(a) e tentar se colocar no lugar dele. Se você pode ser flexível e tolerante, por que não fazer isso pelo outro?
4) Educação em primeiro lugar

Finalmente, é importante lembrar que nem sempre poderemos evitar as ocasiões em que estarão presentes amigos ou familiares de quem não gostamos. Assim, a última dica é a respeito da maneira de se comportar quando esses encontros acontecem. Não é porque não gostamos de alguém que trataremos mal a pessoa. Podemos não sentar na mesma mesa ou não conversar por horas com alguém com quem temos uma inimizade. No entanto, a educação nunca deve ser esquecida. Manter um convívio civilizado é essencial e ajuda a evitar situações de mal-estar.
O convívio humano nem sempre é algo tranquilo e nem sempre é fácil lidar com outras pessoas, especialmente quando não gostamos delas. No entanto, quando as pessoas em questão são queridas e gostadas por nosso(a) companheiro(a), vale a pena fazer um esforço para manter uma convivência pacífica e sem grandes transtornos!

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