quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Tá difícil se relacionar? Aproveite para amadurecer!
A maioria de nós certamente já passou por crises no que se refere aos relacionamentos. Ora por estar em um no qual definitivamente não consegue se entender com seu par; ora, muito pelo contrário, por não conseguir sequer começar uma relação.
Nessas fases, em vez de aproveitar para identificar e tentar crescer com as dificuldades apresentadas e as defesas usadas ou simplesmente vivenciar a solteirice com prazer e inteligência, desperdiça o tempo responsabilizando o outro por suas frustrações e angústias ou vestindo a carapuça de vítima das circunstâncias.
Segundo Jung, criador da Psicologia Analítica, um relacionamento amoroso é a possibilidade mais eficiente e produtiva de autoconhecimento, amadurecimento emocional e ganho de autonomia que pode existir. Não é difícil acreditar nessa teoria se considerarmos que realmente não é nada fácil manter a qualidade da relação na convivência, especialmente depois de algum tempo compartilhando intimidades.
O fato é que exercitar e trocar sentimentos com alguém nos coloca – inevitavelmente – diante de nossas sombras, limitações e questões mal resolvidas. Claro que sempre temos a opção de não admitirmos. Sempre podemos nos recusar a reconhecer nossos “bichos” internos. Ou ainda, podemos adotar o lugar de “donos da razão” e atribuir o fracasso exclusivamente ao outro.
Sim, porque é praticamente automático justificarmos nosso ciúme por conta do que consideramos excesso de simpatia do nosso par, nossa raiva por conta do que julgamos como seu irritante jeito de ser, nossa intolerância por causa do que chamamos de sua teimosia. Enfim, o que mais fazemos, em geral, é encontrar explicações que nos parecem bastante razoáveis para nossas atitudes inconstantes ou desequilibradas.
No entanto, obviamente, essa alternativa não é a mais construtiva e, em última instância, servem mais para intensificar o sofrimento dos envolvidos sem que cheguem a um consenso ou solução satisfatória.
Minha sugestão é para que, encontrando-se mergulhado profundamente numa crise de relacionamento, em vez de desperdiçar seu precioso humor apontando o dedo ao outro e fazendo acusações que não servem para nada senão para piorar a situação, você aquiete-se e se questione: “o que é que a vida está tentando me ensinar? De que forma posso aproveitar esse caos para me tornar mais crescido e preparado para lidar com as relações afetivas?”.
O fato é que sempre temos algo a aprender com nossas relações. O outro é, sem dúvida, durante uma crise, um disparador de sentimentos ruins e difíceis. Porém, aí pode residir sua grande chance de se rever, de descobrir seus pontos fracos e buscar formas mais equilibradas e maduras de resolver os conflitos.
No final das contas, a diferença entre quem passa a vida toda patinando de relação em relação e quem tem o privilégio de viver um amor de gente grande, que vale a pena e que tem poder de grandes e importantes transformações é, sem sombra de dúvida, o modo como cada um usufrui dos momentos de crise: ou aprendendo e amadurecendo ou culpando deliberadamente o outro. A escolha é sua, felizmente!
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