O casamento é uma oportunidade de duas pessoas que se amam unirem suas forças em direção a um objetivo comum. Não importa qual seja o objetivo. Alguns casais são felizes sem filhos, por exemplo, porque o objetivo comum não implicava no desejo de ter filhos.
Nos dias de hoje, cada um costuma ter seus objetivos pessoais: o importante é contar com o apoio e incentivo do parceiro. Isso é uma enorme fonte de reforço que irá equilibrar o grande montante de desgaste causado pela competição, tanto nas relações profissionais quanto nas sociais! O marido e a mulher representam um para o outro, em um determinado nível, o pai ou a mãe que cada um teve e podem, com isso, reparar os erros de genitores omissos, pouco afetivos, muito severos ou críticos, que entravaram o desenvolvimento emocional saudável dos filhos. O estímulo e o carinho que cada membro do casal dispensa ao outro significam, inconscientemente, o aval dos pais para que cresçam e desabrochem alegremente para a vida, mais votados para o sucesso e com maior chance de serem felizes.
Não é muito fácil se alcançar uma relação gratificante numa convivência diária que corre o risco de se tornar monótona e, na pior das hipóteses, fonte de um grande tédio, onde cada um pode começar a se sentir aprisionado, impedido de viver a vida, terminando por encarar o companheiro como um carcereiro.
Ser sensível à singularidade da pessoa com quem se vive, prestar atenção no outro, é uma das formas de repor aquilo que começou a faltar.Os que se amam deveriam ter em mente que uma união se mantém porque cada um espera alguma coisa muito importante do outro. Cabe ter habilidade para descobrir o que o outro está esperando e de que está precisando, para se saber como proceder.
Atualmente, as pessoas têm pouco tempo para os outros. Que pelo menos o companheiro tenha tempo para o outro, para mostrar-lhe sobretudo que é importante tê-lo ao lado e que seus gestos de amor e atenção, seus esforços na vida, em geral, estão sendo reconhecidos. Hoje em dia, ser reconhecido é muito importante. Repetindo: as pessoas têm pouco interesse pelo outro. O outro se tornou aquele que está fazendo sucesso, ganhando dinheiro, que por algum motivo se tornou notícia.
O que demonstra se uma relação é boa? Uma boa relação é como uma árvore: dá bons frutos. Os dois crescem, mostram-se produtivos, têm mais chance de gozar de boa saúde, têm filhos normais, têm amigos mas conseguem e gostam também de ficar a sós, não vivem trocando de empregados nem precisam ostentar muito poder material à sociedade. Ocorre de uma boa relação colaborar para o sucesso profissional, o que acarreta ganhos financeiros. Duas pessoas que têm uma boa relação a revelam a cada instante, ao escutar a fala do amado, através daquele brilho de admiração no olhar e da cumplicidade que só aparece quando existe amor, seja pelo estímulo mútuo que desemboca em realizações sempre belas e úteis, simples ou grandiosas.
A abnegação anda meio fora de moda. Diz-se que como não há gratidão nem reconhecimento ninguém deve se sacrificar por ninguém. Fazer sacrifício pelo outro dá ensejo a que se venha, mais tarde, cobrar o mesmo tipo de comportamento. Qualquer expressão sincera em que um comunica ao outro que algo na relação não está indo bem pode ser taxada de cobrança e o parceiro que ousou "cobrar" fica rotulado de "controlador". Na verdade, o que está por detrás desse modo de interpretar a vida a dois é um pacto de não envolvimento, em que ninguém se compromete a se dar verdadeiramente. Pode ser aparentemente prático mas pode se tornar fonte de enorme frustração...
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
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