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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Que tipo de amante você é? E qual deseja ser?


Em primeiro lugar, quero esclarecer que quando uso o termo “amante”, refiro-me ao praticante do amor e não àquele que ocupa um lugar “clandestino” num triângulo amoroso. Portanto, o amante que você é, é composto por características que revelam de que modo você se relaciona e, sobretudo, de que maneira você se vê e atua no mundo.

É ciumento ou indiferente demais? Está sempre se comparando com os outros? Considera-se mais feio ou mais bonito que outras pessoas do mesmo sexo que você? Comporta-se de modo inseguro ou prepotente? É submisso ou controlador? Perdoa ou se vinga? Costuma ceder ou bate o pé e faz acontecer do seu jeito?

Você deve ter notado que acabei de jogar com os extremos! Citei comportamentos radicais e que, na maioria das vezes, infelizmente, são os manifestados, seja para mais, seja para menos. Entretanto, de todas as opções que dei acima para você tentar se reconhecer, o ideal mesmo é que você estivesse sempre “no meio”. Afinal de contas, equilíbrio é fundamental para quem deseja ser um amante que vale a pena!

O fato é que somos quem acreditamos que devemos ser. Atuamos no mundo a partir de nossas crenças, sejam elas conscientes ou não. Certamente, quanto mais conscientes forem, mais facilmente poderemos torná-las amadurecidas e equilibradas. Por isso mesmo, a palavra-chave do sucesso no amor é autoconhecimento.

Se tal qual a música do Kid Abelha, quando você se olha no espelho, pensa algo do tipo: “...O que você precisa é de um retoque total. Vou transformar o seu rascunho em arte final...”, não perca mais tempo! Comece a sua transformação agora! Desenhe mentalmente que tipo de amante você deseja ser. Tome como exemplos ou modelos pessoas que você admira, sejam do seu convívio ou do meio artístico, enfim: certamente, todos nós podemos aprender demais uns com os outros.

Depois, pegue uma folha de papel e uma caneta e comece a escrever primeiro as qualidades que você já tem enquanto amante interessante: bom-humor (essencial!), tolerância com as diferenças, sabe se colocar com gentileza e firmeza quando não concorda com o outro, conhece sua sexualidade e sabe ser sensual e espontâneo, reconhece suas limitações e pede desculpas, sabe perdoar, está sempre aberto para conversar e ouvir o que o outro está sentindo, e por aí vai... Seja sincero consigo mesmo: nem tão modesto, nem tão arrogante!

Em seguida, faça uma lista das qualidades que ainda não tem, mas que está disposto a aprender, treinar e começar a exercitar o quanto antes. Quer ser mais seguro, menos ciumento, menos controlador, mais paciente, menos irritado, cuidar mais de sua aparência física, ser menos pudico ou menos promíscuo, enfim, seja abundante consigo mesmo e lembre-se que as mudanças, embora não sejam fáceis e requeiram dedicação, disciplina e humildade, são absolutamente possíveis e podem fazer maravilhas em sua vida e em seu relacionamento.

Como escreveu Leo Buscaglia, "Se deseja aprender a amar, deve começar o processo de descobrir o que significa, que qualidades formam uma pessoa amorosa e como desenvolvê-las. Cada pessoa tem o potencial para o amor. Mas o potencial nunca é percebido sem esforço. Isso não significa sofrimento. O amor, particularmente, é aprendido melhor na alegria, na paz e no viver".

Por fim, se descobrir que, apesar de já ter tentado ou de querer muito, não consegue mudar sozinho, procure ajuda! Uma psicoterapia, um curso, uma leitura complementar, qualquer apoio no qual você encontre mais recursos e ferramentas para começar a agir de um jeito mais integrado e coerente com o amante que você quer ser para se sentir cada dia mais pleno e feliz no exercício do amor!

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