quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
O desaparecimento das abelhas melíferas
Segundo a Soil Association (www.soilassociation.org), nos últimos anos, houve um declínio maciço no número de abelhas pelo mundo inteiro.
No Reino Unido, os proprietários de colmeias relataram que perderam uma a cada tres colônias de abelhas. Em 2007, Lord Rooker (ministro do DEFRA), disse “Se nada for feito a respeito, a população de abelhas do Reino Unido desaparecerá em dez anos”.
Isto pode trazer sérias consequências para a segurança alimentar mundial e acarretará um imenso impacto econômico negativo. A morte das abelhas melíferas é um aviso para todos nós de que a saúde do planeta corre perigo. As abelhas são os mais importantes agentes polinizadores e tem uma função vital na cadeia alimentar – estima-se que um terço do alimento humano dependa da polinização das abelhas.
Por que a população de abelhas está declinando?
Esta é uma pergunta que vale milhões de dólares em pesquisa em vários países, mas ainda não tem uma resposta definitiva. A maior suspeita recai sobre um novo grupo de inseticidas, os neonicotinoides, que foram usados inicialmente nos medos da década de 1990 – exatamente a época em que começou o desaparecimento da maioria das abelhas melíferas. Este pesticida foi banido em diversos países da Europa (França, Alemanha, Itália e Eslovênia), em consequência desse desaparecimento, pois as evidências contra ele são muito fortes. O Reino Unido ainda não o retirou do mercado, onde cerca de um terço das colônias de abelhas desapareceu em tres anos.
Os pesticidas neonicotinoides atuam descontrolando o Sistema Nervoso Central dos insetos. Quando as abelhas entram em contato com estes pesticidas ficam menos hábeis em se alimentar, em voar, em se comunicar e em aprender. O mapeamento do genoma das abelhas mostrou que elas tem uma reduzida capacidade para remover venenos tóxicos em comparação com os outros insetos, devido ao elevado número de receptores neurológicos para os neonicotinoides.
As abelhas vivem em colônias com cerca de 50000 abelhas por colmeia, dessas, cerca de 10000 são responsáveis pela alimentação da colônia. Quando elas retornam para a colônia, elas executam uma dança particular que comunica às outras abelhas a direção de voo de acordo com o por do sol e a distância a percorrer até o néctar. Outro comportamento complexo das abelhas é a construção do favo como uma hexagonal perfeita. Estas habilidades são baseadas em comportamentos padrões inatos e aprendidos que dependem da integridade do sistema nervoso, onde cada sinapse é crucial. Portanto, a desordem neurológica na sinalização das abelhas pelos neonicotinoides, provocará desorientação.
Os pesticidas impedem a comunicação; impedem a habilidade de procurar comida e retornar para a colmeia; prejudicam o voo; o olfato (o cheiro é vital na comunicação das abelhas); o aprendizado e o enfraquecimento do sistema imunológico.
As abelhas não vivem sozinhas, elas vivem em colônias, por isso a necessidade de saber as doses letais de pesticida nas abelhas, individualmente, pois uma desordem neurológica afetará toda a colônia.
O Bach Centre, fundado pelo Dr. Edward Bach, idealizador do fabuloso sistema floral de Bach, contem muitas plantas que são usadas na confecção das essências. Elas crescem semi-selvagens e junto com outras com outras espécies florais selvagens são uma boa fonte de alimento para as abelhas, mas isso não é o suficiente para salvar as abelhas.
A jardineira do Bach Centre, Emma Broad, diz: “O perigo para as abelhas é uma má notícia não só para os apicultores e agricultores, mas também para todos os que usam os florais de Bach”.
Outra causa apontada para o desaparecimento das abelhas melíferas, é o cultivo das plantas transgênicas. Estudos feitos no Reino Unido demonstraram que os poderosos pesticidas que as plantas transgênicas suportam, causam danos à terra. Eles constataram que havia menos abelhas e borboletas nas plantas transgênicas.
No Brasil, apicultores gaúchos e catarinenses, registraram perda de 25% na produção de mel.
Nos EUA e Canadá, em várias regiões, houve perdas de 90% das colmeias. Na Califórnia, houve uma redução de 30 a 60% no número de abelhas.
Na França, Alemanha, Suíça, Espanha, Portugal, Grécia, registrou-se uma redução de 25% na população de abelhas.
Outra hipótese aventada relaciona-se com o problema da radiação dos telefones celulares, que podem interferir no sistema de navegação das abelhas, provocando desorientação e o não retorno à colmeia.
Pesquisa alemães apontam mudanças no comportamento das abelhas na proximidade de linhas de transmissão de alta tensão.
Tem-se dito que Albert Einstein disse que se as abelhas desaparecessem, à humanidade só restariam quatro anos, porque sem elas, não há polinização e consequentemente não há alimentos. Estudos científicos atuais estão comprovando essa assertiva creditada à Einstein.Escreva seu comentário… Acredito, que em quanto não houver uma conscientização na sociedade da importância da abelha na nossa existência, procurando incutir na infância a educação para preservação da espécie, deve ser inclusive uma matéria obrigatória nos jardins de infância, para que as crianças passem a assimilar na tenra idade o valor das abelhas.Realmente, só o homem é capaz de tanta loucura. Portanto, é a partir de nós, os chamados seres humanos, que deve partir a luta pela sobrevivência das outras espécies.
Abraços
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Escreva seu comentário…
ResponderExcluirO planeta terra pede socorro….Vários sinais estão sendo transmitidos pela natureza, como um aviso para que algo seja feito já, imediatamente, pois sabemos que a natureza não dá
saltos, e ela segue o homem…a natureza não resistirá os maus tratos…esta matéria sobre as abelhas vem consolidar o inevitavel, o insustentavel , ‘” dragão capitalista”"
A existência do universo , do planeta, do homem é ciclica, os ciclos se completam e se manifestam inevitavelmente, mas aquilo que há de belo, bom, justo, amavel, louvavel, digno, honravel, respeitavel, a benevolência, cortezia, alegria, paz e amor isto vem do coração do homem, da essência do homem que, infelismente ele insiste em se afastar…
A unica esperança seria o homem mudar…suas atitudes , valores, prioridades, princípios,
morais, éticos, respeito a si mesmo, aos outros,aos animais a natureza, não existe outra alternativa, outra solução…
A decadência da humanidade, de um lado o comunismo que rouba o livre arbítrio uma dádiva de Deus, do outro lado, o egoismo, a indiferença, o capitalismo selvagem, o lucro acima de tudo e de todos, acabou com a nossa oportunidade de viver nesta era, uma vida de iqualdade, fraternidade, paz e amor.
Causa e efeito… O preço que a humanidade vai pagar é muito alto, lhe será tirado seu habitat. O que se faz …é o que se paga. É so uma questão de tempo.
Parabens pelo trabalho de voces, informar, educar, conscientizar, transformar, tem pessoas
tentando salvar pessoas e o planeta, não seremos lembrados como a geração que ficou omissa e inerte, diante dos poderosos, alguem esta fazendo alguma coisa.
Eu acho que as mudanças tem que vir de dentro de nós, não devemos esperar que sistemas políticos as realizem, pois, a meu ver, são todos falidos. Se eu mudo o meu modo de me relacionar com as pessoas e a natureza, com amor incondicional, eu modifico o mundo a minha volta. Acho que é por aí que devemos ir.
ResponderExcluirAbraços
Nas sábias palavras de Leonardo Boff, a respeito da COP 16, em seu artigo:
ResponderExcluir“…o sistema econômico que gerou a crise não pode ser o mesmo que nos vai tirar da crise.”
“Não se firmou ainda na consciência coletiva o fato de que o planeta é pequeno, possui recursos limitados, encontra-se super povoado, contaminado, empobrecido e doente. Não se fala em dívida ecológica. Não se toma a sério a crise ecológica generalizada que é mais que o aquecimento global. Não são suficientes a adaptação e a mitigação sem conferir centralidade à grave injustiça social mundial, aos maciços fluxos migratórios que alcançaram já a cifra de 60 milhões de pessoas, à destruição de economias frágeis com o crescimento em muitos milhões de pobres e famintos, à violação do direito à seguridade alimentar e à saúde. Falta articular a justiça social com a justiça ecológica.
O que se impõe, na verdade, é um novo olhar sobre a Terra. Ela não pode continuar a ser um baú sem fundo de recursos a serem explorados para benefício exclusivamente humano, sem considerar os outros seres vivos que também precisam da biosfera.”
Portanto, na minha modesta opinião, só temos uma saída: nos organizarmos como sociedade civil, controlar os Estados e o poder Econômico, e ACABAR com o Capitalismo, antes que este acabe com todos nós e os outros seres!!