domingo, 22 de agosto de 2010
Essa solidão me deixa louco!Gatinhos e cachorrinhos.
Apesar de ainda pouco aceita e menos ainda estudada pela ciência, a emoção nos animais é um tópico cada vez mais discutido por veterinários, criadores, adestradores e mais ainda pelos proprietários, que vêm o fenômeno de perto. Quem de nós nunca viu um cãozinho sentindo alegria, satisfação ou felicidade? Realmente é muito agradável de se ver. Mas e quando presenciamos nossos bichinhos sentindo tristeza, raiva, medo ou mesmo ciúmes? Aí é de cortar o coração!
É bastante comum cães e até gatos apresentarem problemas comportamentais relacionados a fatores emocionais. Trataremos aqui da “ansiedade de separação”, problema bastante comum nos dias de hoje e que se caracteriza por uma série de comportamentos inadequados apresentados pelo animal sempre na ausência do dono. Ou seja, trata-se de um animalzinho que lida muito mal com o fato de estar sozinho. Se pudesse exprimir o que sente, certamente diria “Essa solidão me deixa louco!”.
Um cão ou gato com “ansiedade de separação” é geralmente aquele que, segundo o dono, “apronta só quando não estou em casa”. Porém, não se trata apenas de um animal mal criado, ele é também extremamente dependente do dono, daqueles que seguem-no o tempo todo, e muitas vezes só se alimentam enquanto o dono estiver por perto. Quando estão sozinhos costumam estragar móveis e objetos da casa, escavar buracos no jardim e destruir plantas, arranhar portas e tudo isso sem contar nos latidos e miados, uivos e choros excessivos. Isto é ruim? Certamente que é péssimo. Mas o quadro pode ainda ser pior em alguns casos. O fato de estar sozinho perturba tanto certos animais que eles passam a salivar em excesso, arrancar pêlos e até machucar a própria pele, o que complica ainda mais o tratamento.
Mas por que será que alguns animaizinhos lidam tão mal com a solidão? Primeiramente devemos esclarecer que muitas vezes a “ansiedade de separação” é decorrente de algum episódio repentino de separação definitiva, tal como a morte ou mudança de alguém da casa, a morte ou mudança de algum animal que lhe servia de companhia ou até alguma viagem prolongada do dono. Pode acometer, por exemplo, aquele cãozinho que após a separação dos donos foi obrigado a viver em um novo lar e com novos donos. Outros fatores desencadeantes são eventos traumáticos na infância. Muitos cães que não foram muito bem socializados quando pequenos, ou que sofreram algum tipo de trauma e associaram ao fato de terem ficado sozinhos podem desenvolver a “ansiedade de separação”. Por fim, temos aqueles animais que mesmo sem ter passado por nenhuma das experiências citadas acima apresentam o problema. Certamente estes animais entram no grupo daqueles que herdaram o que é conhecido por predisposição genética. Apresentará o problema em alguma fase de suas vidas, independente do que tiverem vivido anteriormente.
Amenizar ou até mesmo acabar com a “ansiedade de separação” depende exclusivamente dos donos. Uma série de atitudes e modificações ambientais devem virar rotina na casa.
Vejamos:
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Evitar despedidas e saudações exageradas na saídas ou retornos. Se você costuma passear ou brincar com ele assim que volta para casa passe a fazer isso tempos depois de sua chegada. Se ele associar a sua chegada a muita festa e atividades ficará ainda mais ansioso quando estiver sozinho;
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Deixar atividade e entretenimento para o animal que fica sozinho. Brinquedos com petisco dentro além de biscoitos e ossinhos escondidos pela casa são uma ótima opção. Somente cuide para evitar exageros e tornar seu animal obeso. Rádio ou Tv ligados também o distrairão bastante;
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Acostumar o animal a ter seu momento sozinho, mesmo na sua presença. Não permita que ele te siga por toda a casa. Alguns poucos espaços devem ser proibidos para ele. Isto o ajudará a se tornar um pouco mais independente. Da mesma forma, o animal deve ser acostumado a se alimentar sozinho;
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Aulas de Adestramento. Acostumar o animal a obedecer a comandos pode torná-lo mais confiante e, conseqüentemente, menos dependente. Isto diminuirá a ansiedade quando sozinho;
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Evitar dar bronca ou punir de alguma forma o animal que “aprontou” quando esteve sozinho. Primeiramente a bronca dada após o ato ter ocorrido não funciona. Além disso, o tornará anda mais ansioso;
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Por fim, você poderá simular algumas saídas com retornos inesperados. Alterne o tempo que ficar fora, ora mais, ora menos. Isso passará a idéia de que nem sempre “meu dono sai e demora uma infinidade para voltar” e, principalmente, a de que “meu dono sai, mas sempre retorna”. Isto o ajudará a ficar mais tranqüilo sozinho.
Boa sorte!
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