quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Estudo diz que brasileiro está mais gordo e exagera no álcool Ministério diz que fumo se mantém em queda no país
Estudo diz que brasileiro está
mais gordo e exagera no álcool
Ministério diz que fumo se mantém em queda no país.Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (21) pelo Ministério da Saúde indica que o brasileiro está com mais problemas de peso e tem exagerado mais na bebida alcoólica. O consumo de cigarro, ao menos, está caindo. Os dados são da pesquisa anual Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), que entrevistou 54 mil adultos.
O levantamento, feito em 2009, aponta que 18,9% das pessoas dizem ter exagerado na bebida alcoólica, índice maior que os 16,2% registrados em 2006, quando a pesquisa começou a ser feita. Para o ministério, exagerar na bebida alcoólica significa o homem tomar cinco ou mais doses de bebida em uma mesma ocasião (como uma festa). No caso das mulheres, quatro doses já é considerado excessivo.
De acordo com a pesquisa os homens tomam mais "porres" do que as mulheres: 28,8% deles dizem ter exagerado na dose, contra 10,4% delas.
Analisando as diferenças nos hábitos de acordo com a idade, os abusos na bebida são mais frequentes entre os jovens de 18 a 24 anos – 23% dos jovens nessa faixa etária admitiram ter exagerado.
Em nota, a coordenadora de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta, diz que "esse nível de consumo de bebida é bastante elevado e preocupante". Levando em conta apenas os homens, o Brasil tem índices maiores de consumo de álcool do que o Chile (17%), Estados Unidos (15,7%) e Argentina (14%).
Outro dado preocupante mostrado pela pesquisa é a relação do brasileiro com a balança, já que quase metade (46%) da população está em condição de excesso de peso e 13,9% está com obesidade. O problema é maior entre os homens, já que 51% deles têm excesso de peso. O problema se agrava a partir dos 35 anos e chega a 59,5% na faixa etária entre 55 e 64 anos. Entre as mulheres, 42,3% têm excesso de peso – a situação é pior entre a população feminina de 45 a 54 anos, em que a taxa chega a 52,9%.
Para Deborah, a situação é reflexo de uma “tendência mundial”.
– O Brasil não está isolado nessas estimativas. É mais um reflexo da queda no consumo de alimentos saudáveis e a substituição deles por produtos industrializados e refeições pré-prontas.A boa notícia fica por conta do tabagismo, que está em queda no país. Entre 2006 e 2009, o percentual de fumantes na população caiu de 16,2% para 15,5% – levando em conta os sexos, 19% dos homens fumam, enquanto entre elas o índice é de 12,5%. Em 1989, 33% dos brasileiros fumavam, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A maior queda ocorreu na faixa etária entre 35 a 44 anos: em 2006, 19% das pessoas nessa idade fumavam, percentual que caiu para 15,1% em 2009.Quase 30% dos homens no Brasil dizem ter abusado
da bebida alcoólica; 51% deles estão acima do peso.............Fumantes têm mais tendência a
engordar do que os não fumantes
Pesquisa espanhola desmente o fumo como forma de manter-se mais magro.................Os pesquisadores confirmam que a nicotina não
é uma forma efetiva de prevenir a obesidade...............Um novo estudo da Universidade de Navarra, na Espanha, concluiu que fumantes ativos e pessoas que pararam de fumar têm mais tendência a engordar do que os não fumantes. O resultado vai contra o mito de que manter o vício na nicotina ajuda a se manter mais magro.
Durante 50 meses, 7.565 pessoas foram analisadas pela idade, sexo, índice de massa corporal e estilo de vida. Neste último, foram avaliados quesitos como atividade física e sedentarismo, hábitos alimentares e o consumo de fast food e álcool.
O ganho de peso em pessoas que pararam de fumar durante o estudo foi maior e foi verificado que eles fumavam mais cigarros por por dia quando a investigação começou. Entre os que continuaram fumando, estes também ganharam mais peso durante o estudo do que os não fumantes.
Os pesquisadores confirmam que a nicotina não é uma forma efetiva de prevenir a obesidade. Para eles, o estudo demonstra que o aumento de peso, especialmente entre ex-fumantes e fumantes, continua com o fumo ou não.
A maioria dos pesquisadores que estuda a relação entre obesidade e nicotina observa que, embora haja um aumento de peso após deixar o cigarro, não há variações notáveis deste ganho de peso.
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