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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Mulheres abusam do álcool para emagrecer Anorexia alcoólica atinge dez mulheres a cada homem.A anorexia alcoólica é um distúrbio duplo, pois envolve






Mulheres abusam do álcool para emagrecer

Anorexia alcoólica atinge dez mulheres a cada homem...A anorexia alcoólica é um distúrbio duplo,
pois envolve a anorexia e o alcoolismoA anorexia alcoólica é basicamente um mal feminino, pois atinge dez mulheres a cada homem e está intimamente ligado a quadros de anorexia nervosa, bulimia (compulsão alimentar seguida de vômito) ou outros tipos de transtornos alimentares. Abusar do álcool, neste caso, passa a ser duplamente satisfatório, pois torna-se útil para reduzir o apetite e para mudar a visão de realidade.

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o alcoolismo atinge de 10% a 12% da população mundial. Ainda não há estudos sobre a anorexia alcoólica no Brasil, mas de acordo com o diretor clínico do Center for Motivation and Change, Carrie Wilkens, 30% das mulheres alcoólatras apresentam também algum sintoma de distúrbio alimentar.duplo, pois envolve a anorexia e o alcoolismo, explica a psiquiatra Angélica Claudino, do Proata (Programa de Orientação e Assistência a Pacientes com Transtornos Alimentares), da Universidade Federal de São Paulo.

- O que existe na realidade é a associação de dois quadros, de uma doença associada a outra ou a sintomas de outra. O termo anorexia alcoólica é coloquial. É um transtorno alimentar aliado ao alcoolismo.

Causa do problema é emocional Um terço das mulheres que apresentam distúrbios alimentares também abusam do álcool, segundo a psiquiatra. Dentre estas, a maioria apresenta anorexia do tipo bulímico. A causa, segundo a psiquiatra, está sempre associada a diferentes situações.

- Em geral a anorexia nervosa acontece por uma junção de fatores. Há predisposição biológica para desenvolvê-la, aliadas a fatores como estresse, perfil psicológico, ambiente familiar e social.
Angélica afirma também que pacientes com anorexia ou bulimia têm muito mais antecedentes de transtornos alimentares na família, principalmente entre mulheres e, de forma geral, sofrem vícios ou compulsões."É um perfil de pessoas extrovertidas e impulsivas que precisam de riscos e costumam abusar de outras substâncias ou mesmo ter outras compulsões em jogos ou sexo compulsivo". No caso específico da anorexia aliada ao abuso do álcool ou alcoolismo a questão é que ela não se sustenta por muito tempo, segundo a psiquiatra.

- O álcool pode reduzir um pouco o apetite, assim como as anfetaminas, e faz a pessoa se manter em pé, porque tem caloria. Mas é uma caloria vazia, que não nutre nada. Não é verdade que uma pessoa pode viver só de álcool. Não existe ninguém que vai muito longe com as calorias contidas nele.

Para o psiquiatra Celso Garcia Júnior, coordenador do ambulatório de Transtornos Alimentares do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Universidade de Campinas, o transtorno também se caracteriza por atingir mais frequentemente mulheres adultas, "apesar dos transtornos alimentares começarem na adolescência.".....Consulta rápida faz 72% das pessoas
com risco de alcoolismo beberem menos

Conversa de meia hora com profissional de saúde pode ser eficaz para tratar o problema....Pessoas com uso de risco do álcool podem ter
fissura pela bebida ou problemas de saúde como gastriteUma consulta rápida, feita por profissionais de saúde como psicólogos, enfermeiras e assistentes sociais, já serve como meio para que pessoas que estejam em risco de alcoolismo bebam menos, de acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira (11) pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

A pesquisa avaliou a eficiência do modelo de intervenção breve, em que o paciente conversa com um profissional treinado por um período de 30 a 40 minutos, e descobriu que a técnica conseguiu fazer com que as pessoas reduzissem o consumo da bebida em 72% dos casos.

O estudo levou em conta dados de pacientes de UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e do Programa de Saúde da Família nas cidades de São Paulo, Diadema, no Estado de São Paulo, e Curitiba (Paraná). Para a pesquisa, 4.335 pessoas responderam a um questionário que classifica o nível de risco do uso de álcool e outras drogas – a ideia é perceber como essas substâncias afetam a vida do indivíduo.

Entre os participantes, 208 foram classificados como usuários de risco, um estágio intermediário entre o consumo moderado, em que a pessoa não tem problemas como a bebida, e a dependência mesmo do produto.

Essas pessoas, que tem o “sinal amarelo” aceso para o problema do alcoolismo, já apresentam problemas por causa da bebida, como fissura por não consumi-la durante um certo tempo, e até dificuldades físicas, como gastrite, dor de estômago e enjoos. Além disso, elas podem ter dificuldades na vida social, como faltar à escola ou ao trabalho por ter exagerado na dose na noite anterior..Uma pesquisa feita em 2009 e divulgada em junho deste ano pelo Ministério da Saúde indicou que 18,9% afirmam ter exagerado na bebida nos 12 meses anteriores. Para o ministério, exagerar na bebida alcoólica significa o homem tomar cinco ou mais doses de bebida em uma mesma ocasião (como uma festa). No caso das mulheres, quatro doses já é considerado excessivo.

De acordo com a pesquisa os homens tomam mais "porres" do que as mulheres: 28,8% deles dizem ter exagerado na dose, contra 10,4% delas. Analisando as diferenças nos hábitos de acordo com a idade, os abusos na bebida são mais frequentes entre os jovens de 18 a 24 anos – 23% dos jovens nessa faixa etária admitiram ter exagerado.

Pessoas não percebem o problema

De acordo com a psicóloga Vânia Vianna, pesquisadora da Unifesp, são “raríssimos” os casos de pessoas que percebem que estão nessa condição e dos problemas que podem enfrentar.

– Muitas delas não fazem ideia da condição. Elas acabam sendo classificadas como pessoas que bebem socialmente, mas esse conceito é muito vago. A pessoa pode falar que toma uma caixa de cerveja em um churrasco e diz que faz uso social da bebida.

Na pesquisa, metade dos pacientes nesse estado passou pela intervenção breve, enquanto o outro grupo apenas recebeu o diagnóstico e não foi tratado. De acordo com Vânia, nesse tipo de intervenção a pessoa é alertada sobre os perigos do consumo exagerado da bebida e recebe estratégias para a redução desse uso. Além disso, o profissional de saúde conversa com ela sobre atividades prazerosas que podem substituir a droga. A ideia básica é reforçar a autoestima do indivíduo.

A pesquisadora diz que os resultados mostram que um programa de baixo custo, que não exige necessariamente a presença de um médico ou de medicamentos, pode ser eficaz no combate ao problema. Ela afirma também que é importante prestar atenção a esse público.– É uma faixa da população que fica desassistida, porque em geral as campanhas sobre álcool e drogas focam muito as pessoas que não fazem qualquer uso desses produtos, com o objetivo de elas não experimentarem, ou aqueles que já estão dependentes e precisam de serviços especializados para tratamento..Cresce o número de mulheres em
SP que tentam se livrar do alcoolismo

Dados indicam que elas começam a beber mais cedo..Especialista diz que mulheres "bebem mais e seguem um padrão mais rápido do que os homens"...Em dois anos, cresceu em 46% o número de mulheres dependentes do álcool atendidas nos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) de todo o Estado de São Paulo. Segundo o levantamento da Secretaria de Estado da Saúde, os atendimentos subiram de 4.235 em janeiro e fevereiro de 2008 para 6.169 em igual período deste ano. E o aumento tem sido constante desde 2004.

Para especialistas, os números indicam que, além de as mulheres começarem a buscar o tratamento, elas estão bebendo mais e mais cedo. O presidente do Cisa (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool), Arthur Guerra, diz que "elas bebem mais e seguem um padrão mais rápido e mais preocupante do que os homens".

O 1º Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, realizado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) em 2007, mostrou que as mulheres já representam um terço da população de alcoólatras brasileiros.

Historicamente eram os garotos entre 14 e 17 anos que costumavam liderar no quesito álcool. Desde o ano passado, porém, são as estudantes brasileiras que bebem mais, indicou a Pense (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em dezembro.Entre as estudantes, 73,1% responderam que já consumiram cerveja, uísque, vinho e outros produtos etílicos, contra 69,5% dos garotos..

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