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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ela instruída, ele sem tarimba, segundo pesquisa 40% das mulheres estudadas na América Latina mais escolarizadas preferem parceiros com menor instruç


Ela instruída, ele sem tarimba, segundo pesquisa

40% das mulheres estudadas na América Latina mais escolarizadas preferem parceiros com menor instrução ...Elas preferem os menos instruídos. Pelo menos é o que mostra o resultado da pesquisa Schooling Can’t Buy me Love (Escolaridade não pode comprar o amor, em tradução livre), da Universidade de Harvard. Baseado no censo de 40 países, os pesquisadores identificaram que das mulheres latino-americanas mais escolarizadas que chegam a se casar, 40% preferem parceiros menos instruídos.


O estudo considera mulheres mais escolarizadas aquelas com pelo menos o nível secundário completo. “Essa diferença é realidade. Nas últimas décadas, quando o sexo feminino adquiriu direitos de igualdade, elas passaram a estudar mais. O que vemos agora é que o índice de mulheres mais escolarizadas chega a ser maior que o de homens mais escolarizados. Finalmente, a tendência é de essas se casarem com aqueles”, ressalta a psicóloga e professora da PUC-Minas Stella Tozo.


Por outro lado, como também mostrou o levantamento, essas mulheres tendem a trabalhar mais. “Quando termina uma faculdade, a mulher não quer ficar somente ali. Pensa na pós-graduação, num mestrado. Elas têm uma carreira e pensam em alavancá-la. Com isso, trabalham mais”, explica.


A especialista destaca ainda que as mulheres mais estudadas não têm a preocupação de manterem um casamento por questões financeiras. “Elas são independentes, não dependem do marido nesta área. Assim, outras características do parceiro sobressaem”, analisa.


É o caso da administradora de empresas Tatiana Silva Pardinho Sena, 27 anos. Casada há sete meses com o analista de sistemas Marcelo Sena, 30 anos, que não tem escolaridade superior como ela, a honestidade dele foi uma das características que chamaram a atenção. “É um homem trabalhador. Estamos crescendo juntos”, afirma.


A jovem não vê problemas num relacionamento onde a mulher tem o grau de instrução maior que o do homem. A administradora enfatiza que, mesmo tendo o nível superior, a renda do marido ainda é maior que a dela. “Mesmo se fosse o contrário, o amor prevalece no casamento”, diz.


Para o psicólogo e psicanalista Rodrigo Mendes a declaração de Tatiana é verdadeira. Porém, o casal deve-se policiar. “Já atendi casos em que, num primeiro momento, a mulher que ganha mais que o marido sente-se atraída por outras coisas no parceiro. No entanto, com o passar do tempo, ela começa a se queixar que ele deveria trabalhar mais, por exemplo”, observa.


Na contramão da pesquisa norte-americana está a pedagoga Renata Gonçalves, 24 anos. Casada com o analista de sistemas Fábio Bittencourt, 29 anos, ela acredita que dificilmente seu relacionamento daria certo se ele não tivesse os mesmos objetivos de crescimento profissional.


Ambos têm nível superior e são pós-graduados. “Namorávamos a distância por causa dos estudos. Caso estivesse com alguém que não se interessasse por isso, o relacionamento não iria para frente. Não adiantaria somente eu buscar isso e meu parceiro não”, avalia.


Para Stella Tozo, casais no mesmo nível de escolaridade têm mais chances de um futuro juntos. “Nestes casos, os dois estão em busca do crescimento e têm o mesmo tempo para investir no relacionamento. Imagina quando somente um deles tem mais tempo para o casamento?”, diz a psicóloga.


"Não tenho medo de mulher inteligente"

Se as latino-americanas com maior grau de instrução casam-se mais com homens menos educados, a pesquisa da Universidade de Harvard descobriu ainda que esse tipo de mulher também encontra dificuldades para uma união estável. “Elas procuram outros objetivos de vida. Demoram a entrar num relacionamento para constituir família, têm outras prioridades. Mas isso não quer dizer que as intelectuais não desejam um amor para a vida toda”, enfatiza o psicólogo e psicanalista Rodrigo Mendes.


A relações públicas Rebeca Dias, 27 anos, encaixa-se nesta descrição. Formada há cerca de dois anos, ela deseja encontrar o homem ideal para se casar. Porém, admite que não é tão fácil assim. “Depois que entramos para a faculdade ficamos ainda mais detalhistas. Não entramos em qualquer furada”, conta.


A jovem garante não ver problemas se o escolhido for alguém com menor escolaridade que a dela. “O que importa é o caráter, a honestidade”, reforça. Ela tem como exemplo a própria mãe, a professora aposentada Suzana Dias, 65 anos. “Quando conheceu o meu pai (Geraldo Dias, 64 anos), ele apareceu na cidade dela com um trabalho de evangelização. Não tinha instrução nenhuma, não era estudado. Mesmo assim minha mãe não deixou o amor passar”, revela.


Oito meses depois os dois se casaram. “Eles cresceram juntos. Foi minha mãe quem ensinou meu pai muitas palavras, como falar. A partir dessa história, não vou me importar se o homem for de nível superior ou não. Outras características são mais importantes”, avalia.


A psicóloga Stella Tozo ressalta que o tipo de mulher que o homem procura tem mudado. Se há cerca de 20 anos eles queriam se casar com mulheres donas de casa, hoje isso já não é mais a premissa para um relacionamento mais sério. “Muitos têm valorizado as intelectuais. Eles têm dado valor ao grau de instrução da amada”, diz.


Exemplo disso é o locutor Daniel Vidal, 27 anos. Solteiro, ele revela que procura uma esposa que já tenha uma estabilidade profissional. “A educação é essencial. Aliada a outros atributos, como físicos, é um conjunto importante. Não tenho medo de mulher inteligente, não”, garante o jovem.

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