terça-feira, 21 de setembro de 2010
21 exercícios de neuróbica que deixam o cérebro afiado Evitar fazer tudo no automático ajuda a turbinar a memória e a concentração
21 exercícios de neuróbica que deixam o cérebro afiado
Evitar fazer tudo no automático ajuda a turbinar a memória e a concentração ...Quem foi que disse que o cérebro não precisa de exercícios para se manter ativo? Se o nosso corpo necessita de malhação para ficar sempre em ordem e cheio de disposição, por que com a mente seria diferente?
O cérebro também vai perdendo sua capacidade produtiva ao longo dos anos e, se não for treinado com exercícios, pode falhar. O neurocientista norte-americano, Larry Katz, autor do livro Mantenha seu Cérebro Vivo, criou o que é chamado de neuróbica, ou seja, uma ginástica específica para o cérebro.
A teoria de Katz é baseada no argumento de que, tal como o corpo, para se desenvolver de forma equilibrada e plena, a mente também precisa ser treinada, estimulada e desenvolvida. É comum não prestamos atenção naquilo que fazemos de forma mecânica, por isso costumamos esquecer das ações que executamos pouco tempo depois.
"O objetivo da neuróbica é estimular os cinco sentidos por meio de exercícios, fazendo com que você preste mais atenção nas suas ações e então, melhore seu poder de concentração e a sua memória", explica a psicóloga especialista em análise comportamental e cognitiva, Mariuza Pregnolato. "Não se trata de acrescentar novas atividades à sua rotina, mas de fazer de forma diferente o que é realizado diariamente".
Para o neurologista da Unifesp Ivan Okamoto, tais exercícios ajudam a desenvolver habilidades motoras e mentais que não costumamos ter em nosso dia a dia, porém, tais habilidades em nada se relacionam com a memória.
"Se você é destro e começa a escrever com a mão esquerda, desenvolverá sua coordenação motora de modo a conseguir escrever com as duas mãos e caso um dia, tenha algum problema que limite a escrita com a mão direita, terá a esquerda bem capacitada para isso. Mas o fato de praticar este tipo de exercício não significa que você se verá livre de problemas como esquecer de pagar as contas, tomar o remédio, ou algo do gênero", explica o especialista.
Como funciona a neuróbica?
A neuróbica consiste na inversão da ordem de alguns movimentos comuns em nosso dia a dia, alterando nossa forma de percepção, sem, contudo, ter que modificar nossa rotina. O objetivo é executar de forma consciente as ações que levam à reações emocionais e cerebrais. São exercícios que vão desde ler ao contrário até conversar com o vizinho que nunca dá bom dia, mas que mexem com aspectos físicos, emocionais e mentais do nosso corpo. "São esses hábitos que ajudam a estimular a produção de nutrientes no cérebro desenvolvendo suas células e deixando-o mais saudável", explica Mariuza Pregnolato.
Quanto mais o cérebro é treinado, mais afiado ele ficará, mas para isso não precisa se matar nos testes de QI ou nas palavras cruzadas para ter resultados satisfatórios. "Estas atividades funcionam, mas a neuróbica é ainda mais simples. Em vez de se inscrever em um super desafio de matemática e ficar decorando fórmulas, que tal vestir-se de olhos fechados ou andar de trás para frente?", sugere a especialista. A proposta da neuróbica é mudar o comportamento rotineiro para "forçar" a memória. Por isso, é recomendável virar fotos de cabeça para baixo para concentrar a atenção ou usar um novo caminho para ir ao trabalho.O papel dos sentidos
O programa de exercícios da neuróbica oferece ao cérebro experiências fora da rotina, usando várias combinações de seus sentidos - visão, olfato, tato, paladar e audição, além dos "sentidos" de cunho emocional e social.
"Os exercícios usam os cinco sentidos para estimular a tendência natural do cérebro de formar associações entre diferentes tipos de informações, assim, quando você veste uma roupa no escuro, coloca seus sentidos em sinal de alerta para a nova situação. Se a visão foi dificultada, e é isso que faz com que você sinta o efeito dos exercícios, outros sentidos serão aguçados como compensação", explica Mariuza.
Para estimular o paladar, uma dica bacana é fazer combinações gastronômicas inusitadas. Já pensou em misturar doce com salgado? Maionese com leite condensado?
Corpinho de 40 e mente de 20!
A neuróbica não vai lhe devolver o cérebro dos vinte anos, mas pode ajudá-lo a acessar o seu arquivo de memórias. "Não dá para aumentar nossa capacidade cerebral, o que acontece é que com os exercícios você consegue ativar áreas do seu cérebro que deixou de usar por falta de treino", explica Mariuza.
"Você só estimula o cérebro se o exercita, por isso quem sempre esteve atento a esta questão terá menos problemas de saúde cerebral, como demência e doenças cognitivas, como Alzheimer".
21 dicas para você montar seu treino
O desafio da neuróbica é fazer tudo aquilo que contraria ações automáticas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional, por isso:
1-Use o relógio de pulso no braço direito;
2-Ande pela casa de trás para frente;
3-Vista-se de olhos fechados;
4-Estimule o paladar, coma comidas diferentes;
5-Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em pormenores nos quais nunca tinha reparado;
6-Veja as horas num espelho;
7-Troque o mouse do computador de lado;
8-Escreva ou escove os dentes utilizando a mão esquerda - ou a direita, se for canhoto;
9-Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual;
10-Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro;
11-Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora pense 25 adjetivos que ache que a descrevem a imagem ou o tema fotografado;
12-Quando for a um restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o prato que escolheu e concentre-se nos sabores mais subtis. No final, tire a prova dos nove junto ao garçom ou chef;13-Ao entrar numa sala onde esteja muita gente, tente determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do lado direito. Identifique os objetos que decoram a sala, feche os olhos e enumere-os;
14-Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente utilizando as mesmas palavras;
15-Experimente jogar qualquer jogo ou praticar qualquer atividade que nunca tenha tentado antes.
16-Compre um quebra cabeças e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo. Repita a operação e veja se progrediu;
17-Experimente memorizar aquilo que precisa comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize técnicas de memorização ou separe mentalmente o tipo de produtos que precisa. Desde que funcionem, todos os métodos são válidos;
18-Recorrendo a um dicionário, aprenda uma palavra nova todos os dias e tente introduzi-la (adequadamente!) nas conversas que tiver;
19-Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia escreva os pontos principais de que se lembrar;
20-Ao ler uma palavra pense em outras cinco que começam com a mesma letra;
21-A proposta é mudar o comportamento rotineiro. Tente, faça alguma atividade diferente com seu outro lado do corpo e estimule o seu cérebro. Se você é destro, que tal escrever com a outra mão? Hábitos saudáveis
Outra atitude indispensável para manter a memória sempre afiada, é prestar atenção na qualidade de vida. O neurologista Ivan Okamoto sugere um estilo de vida mais tranquilo, com alimentação balanceada, sem vícios e com a prática regular de exercícios físicos para manter o corpo e a mente saudáveis.
"A melhor maneira de manter a memória em dia é cuidar da saúde, por isso é importante evitar cigarro e bebidas alcoólicas, seguir uma dieta equilibrada, praticar exercícios e exercitar o cérebro. Manter a atividade mental, seja trabalhando ou participando de alguma atividade em grupo, ajuda a elevar a autoestima e deixar a memória a todo vapor", explica o especialista.......... Descansar o cérebro após aprendizado deixa a memória afiada
Tranquilidade pode ser mais eficaz do que outras técnicas de memorização ...........Sabemos o quanto exercícios de raciocínio, leitura e a boa alimentação são benéficos para a memória. Porém, dar uma pausa diante das tarefas que executamos pode ser um ótimo artifício para guardarmos de maneira duradoura as informações acumuladas ao longo do dia.
Um estudo recente da Universidade de Nova York (EUA) mostrou que períodos de total descanso, após o aprendizado, são capazes de afiar a memória. Os cientistas vão contra a ideia de que pensar demais em algo que acabou de ser aprendido é mais eficiente do que descansar para se obter um melhor armazenamento das informações.
Enquanto estudos mais antigos concluíram que tirar uma soneca favorece a memória, esta nova pesquisa comprovou que momentos de relaxamento, mesmo quando estamos acordados, também podem ser bastante eficazes. Isso porque, os períodos de descanso são importantes para as informações serem transferidas entre as regiões do cérebro,
O estudo foi feito com 19 voluntários que tiveram que observar imagens de objetos e de pessoas, devendo responder qual relação havia entre as figuras.
Então, os participantes recebiam ordens para relaxar durante alguns minutos, enquanto eram medidas as atividades cerebrais relacionadas à transferência de informações entre o hipocampo (responsável pela memória e organização dos episódios vivenciados) e o neo-córtex (que assume as tarefas cognitivas mais complexas).
Durante os testes, foi observado que as duas regiões se mantêm ativas mesmo durante o descanso.
Mas o que fazer para conseguir que os momentos de relaxamento sejam realmente eficientes? Muitos diriam uma paradinha para o café.
Entretanto, segundo especialistas, este tipo de pausa pode não ser o ideal. A melhor sugestão é parar e não fazer absolutamente nada por alguns minutos, descontraindo e deixando as informações fluírem, sem forçar o raciocínio.......... Antídoto contra monotonia
Resgate memórias e dê espaço às mudanças ............
Comemoramos o dia das crianças há pouco tempo e, pela primeira vez, vi um sentimento genérico abraçar todo mundo, uma saudade de ver fotos, falar das brincadeiras. Não foi dos filhos, nem dos sobrinhos ou netos que falamos. Falamos da nossa própria criança, do nosso passado.
Claro que essa nuvem nostálgica me pôs a pensar. Lembrei daquela história que diz que precisamos de testemunhas que acompanhem nosso caminho, que nos certifiquem da verdade de nossas recordações e nos ajudem a validá-las. Dizem, também, que as melhores testemunhas são nossos irmãos e, depois, o amor que encontramos.
As perguntas que me fiz foram: quanto mudei nesses anos todos, que alegrias senti? Que alegrias causei? Por quê? Como fazer para repetir, garantir, eternizar?
Muita gente diz que o homem muda pelo amor ou pela dor. Eu discordo: o amor nos torna mais doces enquanto ele vive em nós. É fácil ser "bonzinho" enquanto se está feliz, quero ver alguém desiludido ser gentil ou compreensivo. E quanto à dor, bom, essa é bem egoísta. Quem sofre só enxerga o próprio umbigo. Na melhor das hipóteses, quando a dor passa, a gente fica um pouco mais solidário, entende melhor quando o outro chora, mas é só. Se a dor for esquecida, então... tudo volta ao que era antes.
Na minha modestíssima opinião, a única fonte de transformação efetiva e profunda é a consciência. Por isso, acho que tanto faz a fase em que vivemos: a ficha pode cair sempre que houver o desejo consciente de enxergar, processar, compreender, mergulhar e, sim, mudar para ser feliz.
São 5 as fases que todo mundo passa depois de um sofrimento: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Das 5, a que mais me impressiona é a barganha. Sempre pensamos que "talvez se eu agir desse ou daquele jeito, seja possível reverter a situação". O famoso "jeitinho". É difícil mesmo dar-se a oportunidade de sair do lugar, procurar a realização agindo diferente, mas é preciso tentar, tentar sem parar até conseguir.
Com o fim da infância e à medida que os anos passam, vamos percebendo que a vida se torna menos tolerante com nossos erros e nos dá cada vez menos tempo para corrigi-los. Quanto mais a gente insiste em bater a cabeça, mais difícil fica disfarçar. Bom. Bom mesmo. Caso contrário, ficaríamos eternamente mulambando por aí.
Mas, voltando ao dia das crianças, é saudável e preciosa a viagem às nossas lembranças. O Budismo chama isso de "retornar ao ponto primordial", o lugar onde encontramos os porquês, as motivações, os desejos genuínos. Essa memória é a única inocência que carregamos na vida, o ponto de arranque.
Ninguém programa tornar-se um adulto chato e sem frescor. Por isso, resgatar sempre a menina, ou o menino, que viu o mundo ficar menor, às vezes maior, diferente e assustador, mas sempre vivo e divertido, é o antídoto mais eficaz contra a chatice da monotonia. A vida era sempre tão alegre, não é? Tão instigante... Perdemos no esconde-esconde? Corre-corre até encontrá-la de novo: 1, 2, 3, já!
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